Em 2018, o Brasil e o mundo assistiram, estarrecidos, ao incêndio que destruiu o Museu Nacional no Rio de Janeiro. Milhares de peças históricas foram consumidas pelas chamas, entre elas, acreditava-se, um importante fóssil de camarão pré-histórico - Beurlenia araripensis. Mas a ciência adora um bom enredo de reviravolta.
Entre 2018 e 2022, um meticuloso trabalho de recuperação da coleção dos escombros foi realizado: amostras foram cuidadosamente retiradas das ruinas com a preocupação de anotar sua posição. Somente por isso está sendo possível recuperar as informações científicas de muitos fósseis resgatados”, disse o Dr. Sandro M. Scheffler, responsável pelo resgate da coleção de paleoinvertebrados e um dos autores do trabalho.