terça-feira, 5 de novembro de 2013

Eleitor denuncia compra de voto por Amadeu de Freitas



O cratense Jânio Carlos denunciou
o vereador Amadeu
de Freitas (PT) por compra de
voto na campanha eleitoral de
2012. Ele teria recebido vantagens,
junto com sua filha, para
votar no então candidato e, na
também petista e ex- vereadora
Mara Guedes, sendo este último
caso ocorrido na campanha
eleitoral de 2008. Segundo o
denunciante, os dois candidatos
distribuíram dinheiro,
algo em torno de R$ 100 e R$
150,00 - além de botijões de
gás, remédios e pagamento de
contas de água e luz.
Jânio é morador do conjunto
Novo Crato, base eleitoral da
ex-vereadora Mara Guedes, e
disse que durante a abordagem,
os dois chegaram como quem
não queria nada, mas findaram
comprando os votos. Sobre os
motivos da denúncia, Jânio falou
que não estava com a consciência
tranquila e, também,
teria ficado chateado com a voracidade
da disputa interna do
partido, principalmente, quando
Amadeu e Mara, segundo
ele, teriam feito acusações mentirosas
contra o ex-candidato
a prefeito pelo PT, Valdetário
Brito. “Eles acusavam Valdetário
de um lado e do outro faziam
negócio errado”, disse.
Sobre possíveis represálias
ou processos, o denunciante diz
não ter medo. “Se for chamado,
tenho como provar o que estou
dizendo. Até minha filha recebeu
dinheiro”, argumenta. Sobre
o PT, Jânio chegou a fazer uma
avaliação da existência de dois
partidos, um rico e outro pobre.
Para ele, quem tem dinheiro é
eleito e quem não tem, perde.
Durante a gravação, o denunciante
observa, ainda, que
Mara e Amadeu deveriam seguir
o exemplo de Dilma e Lula
que, segundo ele, não compraram
voto e se elegeram. Ao final,
sobre o ato de vender o voto,
Jânio Carlos, aconselha que os
eleitores não façam isso para
não eleger um vereador que não
trabalha pelo povo.
Vereadores se defendem
O vereador Amadeu de Freitas
foi procurado e afirmou não
conhecer o denunciante. Ele
chama a atenção para o fato de
que as denúncias chegam no
momento em que pede investigação
sobre possíveis compras
de votos para desaprovarem as
contas do ex-prefeito Samuel
Araripe (PHS).
Quanto ao teor da denúncia,
Amadeu considerou absurda.
“Nunca usei desse expediente.
Nunca comprei, nem
aliciei eleitores. Se tem provas,
que vá a justiça. Na verdade, a
denúncia quer colocar em xeque
minha idoneidade. Mas,
apesar de tudo, é importante
que o denunciante prove o que
diz,” finalizou Amadeu.
A ex-vereadora Mara Guedes,
também procurada para
comentar, disse conhecer o eleitor
e sua filha, a quem, segundo
a ex-vereadora, foi remunerada
para trabalhar como bandeirista
durante a campanha de
2012. “Ela ganhava R$ 150,00
por quinzena, mas trabalhava
e tudo está documentado,” disse
Mara, acrescentando que a
denúncia é motivada por uma
questão pessoal, pois que ela,
enquanto vereadora, observou
em várias reuniões da comunidade
que havia pessoas invadindo
terrenos e vendendo
ilegalmente. “Ele sabia que uma
das pessoas era ele, e que eu sabia,”
finalizou Mara.
PT sabia de tudo
A executiva Municipal do PT,
em 15 de outubro de 2012, após
o resultado da eleição discutiu infidelidade
partidária e denúncias
de compras de votos por petistas.
O JC teve acesso à Ata da reunião,
onde fatos são mencionadas pelo
presidente do partido José Raimundo
(JR). A secretária geral,
professora Delma Torres, disse
que não concordava com a “caça
às bruxas”. E que o mais preocupante
eram os casos de compras
de votos por candidatos petistas.
“Os comentários são que alguns
candidatos do PT andavam de
moto durante a noite, em bairros
da cidade, acordando as pessoas
para comprar votos. Outros entregaram
R$ 10 mil para companheiros
comprarem votos, outros
pagavam contas de luz e outros
entregavam cestas básicas”, diz
o texto da Ata, se referindo à fala
da Secretária.

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