MATERIA DO JORNAL DO CARIRI
Sublocação e super
faturamento na contratação do transporte escolar. Essas são algumas das
irregularidades detectadas em uma investigação da Controladoria Geral daUnião (CGU),
na administração do ex-prefeito do Crato, Samuel Araripe (PHS), em 2012.
A informação veio à tona por
meio de ofício encaminhado
pelo Ministério Público Federal (MPF) à
Prefeitura Municipal do Crato. Com o ofício, o MPFB solicitou a confirmação das
informações sobre as irregularidades
constatadas no Relatório Conclusivo da CGU. O MPF quer a
disponibilização de todos os arquivos sobre a gestão dos recursos públicos
federaisno ano de 2012 do Crato. Entre as irregularidades constatadas pelo
relatório da CGU estão os pagamentos das despesas do Programa Nacional de Apoio
ao Transporte Escolar (PNATE).
Segundo o relatório, a
“empresa Podium”, responsável pelo serviço, superfaturou, em média, o valor em
40% acima dos praticados no mercado. O valor era pago aos subcontratados. Além
disso, a empresa Podium não comprovou a propriedade de um único veículo,
motorista ou outro funcionário. A firma era responsável por cobrir as 148 rotas
do transporte escolar cratense. A subcontratação descumpre a Lei 8.666/93.
Sobre o caso, MPF instaurou
Inquérito Civil Público para aprofundar a investigação sobre a destinação dos
recursos. O inquérito já parte dos pagamentos efetuados em 2012, num total de
R$ 901.671,91.
Segundo conclusão do
relatório da CGU, o prejuízo aos cofres públicos pode chegar, considerando o
superfaturamento de 40%, a mais R$ 360 mil. O processo é assinado pelo
Procurador da República, Rafael Rayol Ribeiro.
Outro item do relatório
aponta o superfaturamento na aquisição de gêneros alimentícios destinados à merenda
escolar. Segundo a CGU, nesse item, o prejuízo é acima de R$ 240 mil.
De acordo com o relatório,
dos 44 produtos, objetos da licitação, sete estão acima dos valores praticados
na Região.
Ainda no relatório, ficou
constatada a compra indevida e sem justificativa de necessidade de kits
educativos de combate ao tráfico e enfrentamento do bullying. Os kits custaram
R$ 776.020,80 e a CGU constatou que o produto foi inapropriado para o fim
destinado. Os kits foram inutilizados.
A fiscalização constatou, ainda,
que vários produtos adquiridos no Pregão Presencial nº 2210.01/2012-01 não
foram entregues conforme licitados. Entre eles, estão materiais educativos,
livros de professores, cartazes e DVD’s.
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