Chuvas causaram alagamentos e destruições em Crato e em Juazeiro
As chuvas que caíram na
maioria das regiões que formam o Estado ocasionaram diversos transtornos e
prejuízos às populações. Houve registro de precipitações em 119 municípios.
A maior precipitação aconteceu no município de Ererê, que registrou
158mm.
Na região do Cariri, as chuvas trouxeram novos transtornos aos moradores de áreas onde frequentemente
ocorrem alagamentos. As ruas que formam o bairro Lagoa Seca, em Juazeiro do
Norte, amanheceram, em grande parte, cobertas pelas águas. Durante grande parte
da manhã de ontem motoristas tiveram dificuldades de se deslocarem pela Avenida
Leão Sampaio, que liga a cidade ao município de Barbalha. Em alguns trechos da
rodovia o trânsito ficou completamente paralisado. Na Avenida Plácido Castelo,
um dos locais mais atingidos, moradores utilizaram um trator para se
deslocarem.
No Centro da cidade, o trânsito apresentou lentidão devido à
quebra de alguns semáforos. Nos bairros Mutirão, Novo Juazeiro, Betolândia e
São José a maioria das vias públicas ficaram cobertas pela lama e pelo lixo
trazido pelas águas provenientes de bocas de lobo e bueiros entupidos.
Em Crato, as precipitações caídas durante a madrugada de ontem
atingiram 77mm, volume suficiente para também ocasionar vários prejuízos à
população. Em alguns pontos da cidade, pluviômetros particulares registraram
até 125mm. Por muito pouco o Canal do Rio do Grangeiro, na Avenida José Alves
de Figueiredo, que separa o Centro de alguns bairros, não transbordou. O muro
do cemitério público Nossa Senhora da Piedade desabou e vários túmulos foram
danificados. A parede de pedra não suportou o volume de água, que também
arrancou o portão da parte lateral do Parque de Exposições Pedro Felício
Cavalcante. Segundo a administradora do Cemitério, Fátima Fernandes, esse é um
problema que há vários anos vem acontecendo na cidade. Ela disse ter recebido
vários telefonemas durante a madrugada informando sobre o incidente.
Antes de ser um cemitério,
a área servia de passagem de um rio, que chegava até o Centro, passando pela
Praça da Sé.
Numa área próxima ao cemitério, inclusive, onde fica o
Departamento de Arquitetura e Engenharia (DAE), a água chegou a atingir cerca
de um metro e meio de altura, quase cobrindo um orelhão na porta do prédio.
Parte do Muro da AABB chegou a desabar.
Moradores da Rua Sagrada Família, no Centro da cidade, também ficaram
preocupados com a grande quantidade de água e lama que desceu do local. Uma das
casas ficou em risco iminente de
desabar, mas os familiares ainda permaneceram no imóvel, mesmo com a orientação
da Defesa Civil da localidade. A chuva torrencial foi a que mais causou
prejuízos até o momento na cidade. Nos bairros Seminário e Independência
famílias decidiram mudar de casas, em risco de desabamento. Pela manhã, vários
veículos retiravam lama e lixo de várias partes da cidade.
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