terça-feira, 8 de julho de 2014



Nunca vi uma lesão como a do Neymar em 42 anos", diz chefe médico da Fifa

 

O presidente do comitê médico da Fifa, Michel D'Hooghe, afirmou nesta segunda-feira (7) que nunca havia visto um jogador de futebol sofrer uma lesão como a de Neymar. O atacante brasileiro teve uma fratura na terceira vértebra do lado esquerdo depois de levar uma joelhada nas costas durante a partida de quartas de final contra a Colômbia, na última sexta-feira (4), no Castelão, e não tem condições de continuar na Copa do Mundo.
"Não é uma lesão comum. Tenho uma carreira de 42 anos e nunca vi esse tipo de fissura de vértebra", comentou o médico belga.
D'Hooghe, no entanto, recusou-se a comentar sobre uma possível punição ao lateral-direito Camilo Zúñiga pela entrada em Neymar. "Isso é com o comitê disciplinar". Nesta segunda, a Fifa já anunciou que o jogador colombiano não será punido pelo lance - a entidade também recusou o pedido brasileiro de retirar o terceiro cartão amarelo do capitão Thiago Silva.
Já o diretor médico da Fifa, Jiri Dvorak, disse confiar que Neymar receberá o "melhor tratamento possível" e que sua contusão irá "se curar integralmente", mas também não quis falar sobre a possibilidade de o atacante recorrer a um tratamento alternativo para tentar disputar uma possível final, no próximo domingo (13). A possibilidade, que foi ventilada no domingo, já foi descartada pelo médico da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), José Luiz Runco.

CBF em guerra com a Fifa: "O hexa incomoda", diz vice jurídico


A CBF vai recorrer da decisão da Fifa de não punir o jogador colombiano Camilo Zuñiga, que tirou Neymar da Copa ao acertá-lo com uma joelhada durante a partida das quartas de final. A entidade apresentar  um recurso ao Comitê de Apelação da Fifa. O vice jurídico da CBF, Carlos Eugênio Lopes, já avisou que, caso não seja atendida, vai levar o caso ao TAS (Tribunal Arbitral do Esporte, na Suíça).

Ainda que uma eventual punião ao atleta colombiano não tenha consequências práticas para a seleção brasileira, a CBF entende que a Fifa manda um recado ao não condená-lo pela agressão a Neymar.

- A CBF estranha a decisão do Comitê Disciplinar, e quer saber quais os critérios que estão sendo adotados em cada caso. Respeitamos a decisão, mas queremos entender os critérios. A Fifa exacerba para o Suárez [o uruguaio que mordeu um rival], a quem puniu com nove jogos, quatro meses e multa de 100 mil francos. Ao mesmo tempo fecha os olhos para uma reação violenta e flagrante. A Fifa ratificou, validou, liberou a joelhada nas costas - declarou Lopes ao blog, por telefone.

Segundo o dirigente, estão se confirmando os piores temores da comissão técnica do Brasil - Carlos Alberto Parreira e Luiz Felipe Scolari se queixam com frequência de perseguição por parte da Fifa. 

- Felipão estava certo. Houve uma confusão generalizada no jogo contra o Chile, e apenas nosso assessor de imprensa foi punido [Rodrigo Paiva foi suspenso por quatro partidas]. Agora essa absolvição ao jogador que tirou Neymar da Copa com uma jogada violenta. Parece que a ideia do hexa incomoda - afirmou o vice jurídico da CBF.


Felipão diz que Seleção vai jogar por Neymar: "Por tudo o que fez por nós"

O técnico da seleção brasileira, Luiz Felipe Scolari, concedeu entrevista coletiva oficial pré-jogo da Fifa, nesta segunda-feira, no Mineirão. E, como não poderia deixar de ser, abordou a saída de Neymar do grupo, por conta de lesão, e prometeu que a equipe também irá jogar nesta semifinal, contra a Alemanha, pelo seu camisa 10, que está fora da Copa do Mundo.
- A motivação adicional que nós temos que acrescentar é a passagem, a cada jogo, de uma etapa. Naturalmente que o Neymar, aos nos deixar, deixou muito dele conosco, e levou muito de nós com ele. Nós já terminamos essa fase de envolvimento, desse aspecto que ficamos tristes, desde que sabíamos que não poderíamos ter mais o Neymar, e ele na primeira oportunidade depois de estar mais tranquilo, nas manifestações e jeito de conversar, fez com que os jogadores entendessem que a parte dele ele tinha feito e agora é a nossa parte que temos que fazer. A minha, dos jogadores e de todo o povo brasileiro. Nós não vamos estar jogando apenas por nós, por nosso país, por tudo que imaginamos e sonhamos, mas também pelo Neymar, por tudo o que fez por nós.
Felipão falou também sobre o relacionamento com o grupo que, segundo ele, já o conhece só no olhar, assim como ele também já está acostumado com cada jogador.

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