segunda-feira, 25 de agosto de 2014

Candidatos ao governo realizam debate morno na TV O Povo








debate-o-povoUm debate morno, com poucos momentos tensos entre os candidatos aconteceu no início da noite deste domingo na TV O Povo e também o primeiro que contou com a presença do candidato do PMDB, Eunício Oliveira. O candidato Ailton Lopes (PSOL) foi o candidato que mais provocou os adversários, mas na maioria das vezes não houve respostas diretas as suas indagações.
O candidato Eunício Oliveira questionou Camilo Santana (PT) as razões de ele a frente da Secretaria das Cidades, não ter iniciado o processo para o fim dos lixões. Camilo respondeu que a responsabilidade seria dos municípios e o Estado apenas entrou como legitimador dos consórcios, “os municípios não tem recursos para essa obra, somente o aterro de Juazeiro custará R$ 32 milhões”, disse o petista
Em cada bloco um candidato era sabatinado pelos demais. O primeiro foi Camilo Santana que enfrentou a primeira saia justa ao responder a pergunta de Ailton Lopes, como era para ele ser candidato do agronegócio. A provocação não teve ressonância, Camilo fugiu pela tangente e falou sobre suas ações a frente da secretaria de Desenvolvimento Agrária.
Eliane Novais (PSB) indagou a Camilo se ele concorda com os feitos por petistas nas redes sociais que compararam Marina Silva (PSB), agora candidata do PSB a presidente, a “vampira”, por crescer na morte de Eduardo Campos (PSB). O candidato disse não concordar e que respeita a ex-senadora.
No bloco seguinte, Ailton Lopes (Psol) foi o candidato sabatinado e defendeu a desmilitarização da polícia. Disse ainda que o modelo de ampliar o efetivo policial, adotado por Cid Gomes não funcionou. Criticou a ponte estaiada e voltou a provocar o candidato Eunício Oliveira, desta vez quando o peemedebista perguntou qual seria a proposta dele para o combate a corrupção. “Eu que lhe perguntaria”, retrucou Ailton, criticando o “ajuntamento de partidos” nas alianças eleitorais. E apontou que o candidato “até há bem pouco tempo defendia o governo de Cid Gomes” e recentemente passou a fazer oposição.
Na réplica, Eunício novamente saiu pela tangente e destacou que, como senador, atuou na reforma do Código Penal, no projeto que transformou em hediondo o crime de corrupção e foi relator da proposta que amplia a lei da Ficha Limpa não só para candidatos, mas para todos que ocupam cargos nos governos. Ailton, na tréplica, disse que as campanhas tão caras são igualmente hediondas. Ele apontou que o peemedebista recebe doações de construtora e citou estudo pelo qual cada real de financiamento eleitoral de empreiteiras se reverte em oito reais de volta em contratos de licitação. Ele apontou que essa também é uma forma de corrupção.
Camilo Santana (PT) perguntou sobre segurança alimentar. Ailton ressaltou que é preciso ampliar essa ideia. “Não basta ter o que comer, mas que tenha qualidade”. Já Eliane Novais também teve seu momento tensão no debate, ao responder Aílton Lopes, sobre o porquê de seu partido ter aceitado apoiar a “oligarquia” dos Ferreira Gomes no primeiro governo. “O convite não foi feito por nós”, respondeu ela, destacando que a divergência entre eles “já é muito antiga”.
Último candidato a ir para o centro do debate, Eunício Oliveira (PMDB) respondeu à pergunta da produção sobre suas críticas de repensar a gestão dos recursos hídricos, enquanto manteve nos últimos sete anos e meio o secretário dessa área. O peemedebista disse que, apesar da indicação do secretário, “nunca houve convite do governo para se fazer diálogo”. Disse ainda que, caso o PMDB fosse consultado sobre quais seriam as prioridades.
A questão voltou na pergunta de Ailton Lopes (Psol), segundo candidato a questionar o peemedebista, que indagou sobre o porquê de o PMDB não ter tirado os secretários da gestão antes dos sete anos e meio, só o fazendo quando Eunício se lançou ao Governo do Estado. “No primeiro Governo do governador Cid Gomes havia diálogo”, admitiu o peemedebista. Eunício ainda respondeu Eliane Novais sobre denúncia de que ele estaria tirando água do Lago Paranoá para regar os jardins de sua casa, em Brasília. O peemedebista negou e disse que isso ocorreria na casa vizinha, de outro proprietário. E que o que fez, na verdade, foi preservar uma fonte de água que lá existe.

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