Enfraquecido, programa de saúde da família é unanimidade entre candidatos
Enfraquecida pelo estigma de classe e pela falta de profissionais, a aposta no fortalecimento da atenção básica (ou primária) em saúde é unanimidade entre os candidatos mais bem colocados nas pesquisas sobre a disputa pela Presidência nas eleições deste ano.
Criado durante o governo Fernando Henrique Cardoso (PSDB) e fortalecido nos governos seguintes de Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff, do PT, o Programa de Saúde da Família visa fortalecer o atendimento primário e de prevenção, evitando a superlotação do atendimento de emergência.
Mas o programa sofre com demanda além do previsto, condições precárias de trabalho e, principalmente, com a falta de profissionais, formados em quantidade insuficiente em grande parte por conta do preconceito da própria classe médica contra os médicos de família.
Os candidatos à Presidência líderes nas pesquisas, Dilma Rousseff, Marina Silva e Aécio Neves, dão destaque à atenção básica e a Estratégia de Saúde da Família em seus programas.
Luciana Genro (PSOL) e Eduardo Jorge (PV) também mencionam a criação de uma carreira para profissionais do SUS, com o objetivo de aumentar as equipes de Saúde da Família e fixar os profissionais na rede pública.
Entre os cinco, a presidente Dilma é a única que não menciona explicitamente a criação da carreira para profissionais de saúde, uma das principais bandeiras da categoria médica.
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