sexta-feira, 5 de setembro de 2014

Lula ironiza queda de Aécio: “Ele está fora das eleições e não foi capaz de prever isso”


Dilma e Lula participaram de comício no bairro Brasília TeimosaIchiro Guerra/04.09.2014/Divulgação
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva ironizou a queda do senador Aécio Neves (PSDB) nas pesquisas de intenção de voto para eleição presidencial. Durante comício com a presidente Dilma Rousseff em Recife (PE), na noite desta quinta-feira (4), Lula criticou o argumento do tucano de que é preciso governar com previsibilidade.
— Eu vi teu [de Dilma] adversário no debate da televisão — não vou falar quem é porque a gente não pode fazer propaganda do produto adversário — o rapaz pergunta para ele: como é que está o sapato? Previsibilidade. Como é que estão as casas? Previsibilidade. Ele resolve tudo com previsibilidade. A única previsibilidade que tem é que ele já está fora da disputa presidencial de 2014 e ele não foi capaz de prever isso.
Lula destacou os feitos dos governos do PT em Pernambuco e fez seu tradicional discurso do “nós” contra a “elite” em uma fala de mais de 40 minutos. Ele também evitou citar o nome de Marina Silva (PSB), que subiu nas pesquisas e faz frente à candidatura de Dilma, e disse que a petista é a única que tem experiência para governar o País.
— Normalmente as pessoas de oposição, que não tem a responsabilidade de governar, elas falam assim: “eu acho que vai acontecer isso”. Essa mulher, no cargo de presidente, ela não tem que achar, ela tem que fazer, fazer e fazer. Essa a diferença fundamental da disputa que essa moça faz com a sua oposição.
O contraponto à candidatura de Marina também apareceu quando Lula falou sobre a “nova política”, expressão que norteia o discurso da ex-senadora. Segundo o ex-presidente, Dilma representa essa “nova política” porque nunca havia exercido cargos eletivos antes de se tornar presidente.
Lula ironizou, ainda, o fato de Marina ter colocado em seu programa de governo a meta de explorar novas fontes de energia além do petróleo. O PT vem fazendo uso político da proposta, afirmando que a adversária vai acabar com a exploração do Pré-sal.
— Se tiver gente que quer acabar com o Pré-sal, me chama que eu vou lá no fundo do mar buscar. É ele que vai dar a esse pessoal a oportunidade de estudar que eu não tive.
Boa parte da fala do petista foi dedicada o desempenho da economia durante a gestão de Dilma. Ele reforçou o argumento usado pela presidente de que o crescimento do País está estagnado em decorrência da crise internacional, mas que o importante é a manutenção dos empregos.
— É com muito orgulho que vejo essa companheira dizer: no meu governo, a crise não vai cair no bolso do trabalhador pobre desse País. Ela vai continuar fazendo as políticas sociais que está fazendo para o povo brasileiro.

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