quarta-feira, 19 de novembro de 2014


METRÔ

Oposição reclama por sua ampliação

19.11.2014

Para adversários do Governo os serviços já estão defasados. Os governistas contestam e falam em cautela

Heitor Férrer
Para o deputado Heitor Férrer, a demora na conclusão do projeto deveria ter motivado mais modernização e qualidade para o usuário
FOTO: JOSÉ LEOMAR
Após levantar problemas com o atraso das obras do VLT na semana passada, o deputado Heitor Férrer (PDT) voltou à tribuna, na manhã de ontem, para cobrar do Governo melhores condições para os usuários da linha sul do equipamento. Ele lamentou que, após 20 anos de espera pela obra, a população seja obrigada a enfrentar superlotação para poder usufruir a facilidade.

Segundo o parlamentar, que se embasou em informações publicadas pela imprensa, os 20 mil usuários que utilizam a linha diariamente só têm quatro, dos 25 trens adquiridos pelo Governo, à disposição. Heitor chegou a convocar a formação de uma comissão de deputados da Casa para verificar a situação dos módulos do metrô que não estão sendo utilizados.

“Como é que o Estado programa um importantíssimo sistema de transporte coletivo que modula para 25 trens, inaugura e dá um equipamento já obsoleto para a sociedade? Dá latas de sardinhas?” Ele reconheceu a importância do metrô para os cidadãos da Região Metropolitana, mas lamentou o desconforto a que os usuários precisam se submeter para ter acesso ao equipamento.

O parlamentar ainda criticou a frequência dos trens, que demoram cerca de 30 minutos para passarem novamente nos pontos de parada. “Fico impressionado com a tecnologia que se produz no Ceará e no Brasil. Em todo canto passa um (trem) a cinco minutos. Depois de 20 anos de construção, dizer não vai aumentar o número de trens para não colocar a população em risco? Que engenharia é essa?”, questionou.

Cariri e Sobral

Se disponibilizando de imediato a acompanhar Heitor na visita ao metrô, o deputado João Jaime (DEM) sugeriu estender a visita também ao Cariri e a Sobral para verificar as situações dos equipamentos nesses locais. Segundo o parlamentar, enquanto em Sobral o metrô não anda por conta de uma curva mal planejada, no Cariri, o custo da operação do metrô que liga Crato a Juazeiro é de R$ 18 por pessoa e a passagem cobrada é de R$ 1.

Em resposta às críticas dos colegas opositores, o líder do governo na Casa, José Sarto (PROS), negou que apenas quatro trens estivessem sendo utilizados na linha sul do metrô de Fortaleza. Conforme explicou, após completarem o percurso, os trens são alternados com outros para seguirem à manutenção. “Eles precisam de um acompanhamento técnico diferenciado”, destacou.

Os outros trens que não estão circulando, segundo Sarto, estão sendo adequados – elementos como a climatização, iluminação e sinalização – para serem liberados a operar. O parlamentar ainda ressaltou que foi o governo Cid quem conseguiu colocar a linha sul em funcionamento após décadas do início da construção do equipamento.

Em seguida, o vice-líder do Governo, deputado Júlio César Filho (PTN), destacou que o serviço da linha sul do metrô poderá ser estendido até as 23h. “Não é porque o deputado quer que funcionará assim. Todo estudo e adaptações necessárias deverão obedecer a esse cronograma”.

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