Tasso exalta escolha de Dilma para Fazenda
O senador eleito Tasso Jereissati (PSDB), que fará oposição ao governo Dilma Roussef (PT), exaltou o nome de Joaquim Levy, diretor-superintendente do Bradesco, para assumir o Ministério da Fazenda. Levy foi convidado para assumir o ministério pela presidente Dilma na última sexta-feira (21) causando um “mal-estar” em alguns petistas.
Segundo a imprensa nacional vem divulgando, o fato de Levy já ter tido atritos com o atual ministro da Fazenda, Guido Mantega, e sua proximidade com a política econômica do PSDB gera antipatia em alguns petistas. Em 2006, quando Levy era secretário do Tesouro Nacional no governo Lula (PT), ele realizou um estudo que demonstrava que o aumento do salário mínimo era o responsável pelo crescimento do gasto público. Mantega, então presidente do BNDES, discordou e contestou o estudo. O episódio é usado como um dos argumentos de alguns petistas, que acusam o economista de ser contra a política de valorização do salário mínimo.
Tasso avalia que o nome de Levy será muito bom para a economia brasileira, caso ele seja realmente escolhido para o cargo. O senador eleito ainda acrescenta que o economista acredita em tudo aquilo que Aécio Neves (PSDB) defendeu na campanha para a Presidência da República, durante as últimas eleições.
As declarações de Tasso apenas validam a possível preocupação dos petistas que parecem considerar a indicação uma contradição em relação às críticas feitas por Dilma ao PSDB durante a campanha eleitoral. Tasso observa que o possível ministro “acredita em tudo aquilo que a presidente Dilma Rousseff fala que não acredita”. O tucano reforça afirmando que o Levy é um excelente nome e que, segundo ele, pensa igual ao PSDB. Ainda para Tasso, o economista deve agir na “qualidade de oposição ao atual governo”.
“Levy é um homem preparado para o cargo, sabe o deve fazer, é inteligente e paciente. Caso ele seja realmente indicado para o cargo deverá fazer em primeira mão reduzir os gastos do governo que estão totalmente desorganizados. A questão fiscal também é fundamental que seja realizada para o País voltar a adquirir confiança do agente econômico”, destacou o tucano, afirmando que o agente econômico perdeu totalmente a confiança no governo Dilma e em seus membros da equipe econômica.
No Ceará, os deputados federais petistas Artur Bruno e José Guimarães avaliam de forma positiva os nome de Levy e dão apoio à possível indicação de Dilma. “Eu acho que a presidenta está dialogando bem e esse é um nome, que acredito eu, irá executar o programa vitorioso das urnas. Então, nossa expectativa é positiva e terá nosso total apoio”, afirmou Guimarães.
Artur Bruno minimiza a proximidade da política econômica de Levy com a do PSDB afirmando que os ministros são norteados pela presidente. “Os ministros são assessores diretos da Presidência. Quem dará o norte da política econômica será a presidenta Dilma e creio que ela será coerente com seu programa de governo para os próximos quatro anos”, afirmou.
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