quarta-feira, 19 de novembro de 2014

Visões diferentes entre deputados

19.11.2014
Os resultados da sétima fase da operação Lava Jato, que investiga esquema de lavagem e desvio de dinheiro na Petrobras, ensejou novos debates na Assembleia Legislativa durante a sessão de ontem. Enquanto parlamentares que fazem oposição ao Governo Federal exigiram que os fatos sejam apurados e seus responsáveis, punidos, membros governistas destacaram a independência da Polícia Federal na investigação.
Primeiro a levantar o assunto, o deputado Fernando Hugo (SD) afirmou que o escândalo chamado de "mensalão" não foi nada quando comparado com o esquema de corrupção descoberto na Petrobras, para o qual adotou a alcunha de "petrolão". "O escândalo permite-nos dizer que o mensalão é fichinha. Enquanto no mensalão foram alguns milhões, o 'petrolão' já está nos bilhões", destacou.
O parlamentar ainda criticou o pronunciamento que a presidente Dilma Rousseff (PT) fez durante o encontro de líderes do G20, na Austrália, ressaltando o papel do Governo nas investigações. "Meus amigos, a Dilminha não fez nada. Essa ação da Polícia Federal, prendendo os diretores da grandes empresas, se faz por um mandato judicial, nunca, jamais, por determinação presidencial", disse.
Em aparte, Lula Morais (PCdoB) destacou que, das nove empreiteiras investigadas, seis financiaram a campanha presidencial do senador Aécio Neves (PSDB). "Estes diretores, que ainda estão na gestão, ocupam cargos desde o Governo do (ex-presidente) Fernando Henrique Cardoso (PSDB). Será que só agora eles começaram a prevaricar?", questionou o deputado a Fernando Hugo.
Em resposta ao pronunciamento de Hugo, o deputado Professor Pinheiro (PT) também subiu à tribuna para discorrer sobre o assunto, em defesa do governo petista. De acordo com o parlamentar, enquanto nos oito anos do Governo de Fernando Henrique Cardoso a Polícia Federal realizou 48 ações, ou seja, oito a cada ano, nos quase doze anos de governo do PT foram 2.226, destacou.

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