domingo, 28 de dezembro de 2014

Nova ação nos EUA cita Foster e amplia constrangimento

Além da Petrobras, ação movida nos EUA, incluiu executivos de empresas e 15 bancos, entre eles Itau e Bradesco. A cidade pede a devolução do dinheiro investido nos papeis da estatal
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TOMAZ SILVA/ABR
Foster é incluida como ré em ação da prefeitura de Providence
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A ação movida contra a Petrobras pela prefeitura de Providence, capital do Estado de Rhode lsland (EUA), inclui como réus a presidente da estatal, Graça Foster, outros executivos da empresa, subsidiárias na Holanda e em Luxemburgo e 15 bancos que negociaram papéis da estatal, incluindo o Itaú e o Bradesco.

A ação, apresentada nesta semana, amplia o constrangimento na cúpula da estatal, cuja credibilidade foi abalada pela descoberta do vasto esquema de corrupção investigado pela Operação Lava Jato, da Polícia Federal.

A Petrobras é alvo de outras três ações coletivas nos EUA, iniciadas em dezembro por fundos de investimentos e grupos de investidores que culpam a empresa por perdas sofridas com a desvalorização das ações da estatal. A prefeitura de Providence juntou-se a eles porque o fundo de pensão de seus funcionários tem ações da Petrobras.

Graça é citada diversas vezes na ação movida pela cidade, que transcreve teleconferências em que Foster procurou tranquilizar os investidores prometendo melhorar resultados da empresa.

A prefeitura de Providence isenta a presidente da Petrobras de “alegação de fraude” ou “conduta falha intencional”, mas diz na ação que Graça Foster e os outros diretores “tinham o poder e a habilidade de controlar as ações da Petrobras e suas subsidiárias, e as dos seus funcionários”.

A cidade acusa a Petrobras de “inflar valores para poder compensar as propinas [pagas por] empreiteiras e prestadores de serviços” e de contribuir para a desvalorização das ações da empresa ao não corrigir “falhas em seus processos internos de controle”.

A ação lista como réus 15 bancos e corretoras que comercializaram os papéis da Petrobras na Bolsa de Nova York, entre eles Itaú BBA, Bradesco, Citigroup, JPMorgan, Santander, Votorantim e Morgan Stanley. A cidade pede a devolução do dinheiro investido nos papéis da Petrobras, acrescido de juros e sem considerar a desvalorização sofrida pela estatal no mercado nos últimos anos.

“Não estamos pedindo um valor específico nesta fase inicial, mas há um grande número de acionistas prejudicados, então a conta dos danos totais será alta. No mínimo, falamos de centenas de milhões de dólares”, disse Michael Stocker, advogado do escritório Labaton Sucharow, que representa Providence. “É comum aqui colocar como réus executivos seniores, qualquer autoridade envolvida com declarações falsas aos investidores.” (da Folhapress)

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