segunda-feira, 15 de dezembro de 2014

O novo Ministério Público


Categorias: Justiça, Política
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Deltan
Deltan Dallagnol, 34 anos, encabeça a força-tarefa da Operação Lava-Jato e se diz “procurador da República por vocação”. Casado, freqüenta a Igreja Batista do Bacacheri, em Curitiba, ele é o orgulho da mãe Vilse Dallagnol que declarou nas redes sociais:  “Filhão, você tem sido especial sempre, em tudo! Tua postura ética muito nos orgulha!”.
diogo
Diogo Castor de Matos, de 28 anos, é o mais novo dos nove procuradores que ofereceram denúncia contra 36 pessoas envolvidas no esquema de corrupção na Petrobras. Como Dallagnol, Matos também seguiu a carreira do pai.
Com 28 a 50 anos, os nove procuradores (Dallagnol, Mattos, Antonio Carlos Welter, de 46 anos, Athayde Ribeiro Costa, de 34, Januário Paludo, de 49, Orlando Martello Júnior, de 42, Paulo Roberto Galvão, de 36, Roberson Henrique Pozzobon, de 30, e Carlos Fernando dos Santos Lima, de 50) são representantes de uma nova face do MP. Trabalham em conjunto, são especialistas em diferentes áreas, de improbidade administrativa a atividade policial, passando por colaboração jurídica internacional,  e a maioria já concluiu o mestrado. Dallagnol estudou em Havard, e Lima, em Cornell, nos EUA. Welter passou pela Universidade de Coimbra, em Portugal, e Galvão, pela London School of Economics, na Inglaterra. Eles ainda costumam dar cursos na Escola Superior do Ministério Público e escrever livros e artigos.
Eles fizeram uso da delação premiada para conseguir provas que  embasariam a denúncia. Se prepararam para evitar uma possível anulação de provas, como aconteceu com a  Operação Castelo de Areia, de 2009. Martello, Dallagnol e Lima já tinham feito uso da delação premiada quando participaram da força-tarefa do Banestado, que, em 2002, investigou remessas ilegais de dinheiro.
Segundo declarou o procurador Edilson Mougenot Bonfim, que costuma dar palestras no Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) sobre a nova geração do MP, “essa nova geração do MP, que é formada por homens e mulheres do seu tempo, tem uma pauta de valores mais clara. Eles já não estão tão ligados à ideologia. Por isso, digo que essa juventude não é revolucionária, mas evolucionista. Esses novos procuradores têm consciência do poder do Ministério Público. Sabem que, com um pouco de boa vontade e destemor, podem operar contra a impunidade”. São jovens que se veem na obrigação de levar adiante as ações pelo país, por uma sociedade melhor.
Para o procurador, Dallagnol, a “imprensa é uma aliada” para divulgar as investigações feitas pelo Poder Judiciário: “Nós estamos em uma guerra contra a impunidade e a corrupção. E a imprensa é uma aliada nessa guerra. Hoje, nós conversamos com aliados. A imprensa nos auxilia não só na investigação dos fatos e levando o conhecimento dos fatos apurados até as pessoas, mas a imprensa também veicula a voz da sociedade, que clama por Saúde, por Educação, e por Saneamento Básico, que são direitos fundamentais violados por cada ato corrupto.

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