O retrato do assassino que confessou 42 mortes
Vizinhos descrevem Sailson como um criminoso de aluguel e que matava por prazer. A polícia e a família acreditam que ele cometeu de fato todos os assassinatos
Pedro Cifuentes, El País
Para Sailson José das Graças, natural de Nova Iguaçu, no Estado do Rio, vai ser difícil se acostumar a ficar anos na prisão sem poder acalmar seu instinto assassino. Quando passam dois meses desde seu último estrangulamento, ele começa “a ficar nervoso”, conforme expôs em um programa de TV, tranquilo e algemado, na quinta-feira.
Vinte e quatro horas antes, tinha sido detido pela Divisão de Homicídios da Baixada Fluminense. Sailson, de 26 anos, diz ter matado 42 pessoas. Algumas por prazer, outras por encomenda. A polícia acredita em seu relato, que não apresenta contradições – nem culpa: “Não me arrependo, não. Para mim, o que fiz, está feito”.
Sailson matou uma mulher pela primeira vez aos 17 anos (esse foi o único cadáver que ocultou, assegura). Até então, tinham sido principalmente gatos e galinhas, a facadas. Segundo sua família, começou a demonstrar comportamentos violentos aos 11 anos, meses depois que seu pai morreu eletrocutado em um acidente de trabalho.
Ele diz ter tido as coisas sempre muito claras: quando assassinava por encomenda, esfaqueava; quando fazia isso por prazer, estrangulava. Nunca teve dúvidas de sua predileção pelas mulheres brancas – gostava de vê-las “morrer com os olhos bem abertos”. Nas mulheres negras, nem tocava – lembravam-lhe sua própria família.
Sailson José das Graças (Imagem: Reuters)
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