domingo, 28 de dezembro de 2014

Sem novos mandatos, fica a ação política

Pedro Simon, Eduardo Suplicy e Cassildo Maldaner acumulam mais de 50 anos como senadores e se despediram da Casa. Agora, prometem continuar atuando politicamente
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GERALDO MAGELA/AGÊNCIA SENADO EDILSON RODRIGUES/AGÊNCIA SENADO WALDEMIR BARRETO/AGÊNCIA SENADO
Pedro Simon, do PMDB gaúcho, quer repetir Teotônio Eduardo Suplicy, do PT paulista, aulas e literatura Cassildo Maldaner, catarinense priorizará formação
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A experiência acumulada nos mais de 50 anos de militância política dos senadores Pedro Simon (PMDB-RS), Casildo Maldaner (PMDB-SC) e Eduardo Suplicy (PT-SP) não vai se perder com o fim do mandato deles no dia 31 de janeiro. Os três despediram-se do Senado e da vida parlamentar este mês, mas de alguma forma continuarão fazendo política. 
 
Em entrevistas à Agência Senado, Simon, Casildo e Suplicy relembraram suas trajetórias e falaram sobre os planos para o futuro longe do Congresso. Em comum, manifestaram o desejo de contribuir para melhorar a qualidade da política. Aos 85 anos, Simon irá repetir as andanças que fez quando era coordenador do Movimento pela Anistia, ao final dos anos 1970, ao lado do senador Teotônio Vilela. 
Diz ter hoje mais disposição e saúde do que Teotônio, vítima de um câncer, tinha à época. Sua intenção é mobilizar a sociedade para que participe mais ativamente da vida política no País. 
 
“O povo deve participar, dizer presente em todos os momentos, deve debater. E isso eu pretendo fazer, convidar as pessoas a irem para fora, a virem discutir o momento do país”, afirmou Simon. Casildo Maldaner pretende dedicar-se à formação de novos quadros políticos. Ele quer continuar acompanhando de perto a política catarinense e repassar a experiência aos políticos mais novos. “Para descansar, a gente tem a eternidade”, disse.
 
Já Eduardo Suplicy anunciou que irá lecionar na Universidade de São Paulo (USP) e escrever um livro sobre seus 24 anos de Senado. Além disso, quer prosseguir militando junto com os movimentos sociais. 
“Transmito a todos, seja o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra, os movimentos de moradia, em defesa dos direitos da cidadania, dos direitos humanos, da população de rua, das cooperativas de material reciclável, a todos os sindicatos de trabalhadores: podem contar comigo, que eu vou continuar tendo diálogo com todos vocês”, afirmou.

Por falar em adeusOutra despedida marcante dessa legislatura é a do senador José Sarney (PMDB-AP), que, em seus 60 anos de vida pública, presidiu o Senado em quatro oportunidades, todas elas após encerrar seu mandato de presidente da República (1985–1990).
 
Nas últimas semanas, o parlamentar recebeu várias homenagens. A primeira delas foi promovida pela Secretaria de Comunicação (Secom), cujos veículos foram estruturados durante sua primeira gestão como presidente do Senado (1995–1997). Ele também foi saudado em solenidade da Biblioteca da Casa — que organizou exposição sobre a vida e a obra de Sarney, ocasião em que foi lançado um livro sobre sua passagem pelo Palácio do Planalto — e em café da manhã organizado por servidores.

"O POVO DEVE DEBATER E VOU CONVIDAR AS PESSOAS A IREM PARA FORA, A VIREM DISCUTIR O MOMENTO DO PAÍS" 
Pedro Simon, quatro vezes senador pelo PMDB/RS 
 
"TRANSMITO A TODOS OS MOVIMENTOS SOCIAIS: CONTEM COMIGO, QUE VOU CONTINUAR TENDO DIÁLOGO COM TODOS VOCÊS"

Eduardo Suplicy, três vezes senador pelo PT/SP

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