REAJUSTE SALARIAL
Professores fazem protesto
05.02.2015
Juazeiro do Norte Professores da rede pública deste Município realizarão na manhã de hoje movimento de protesto contra a aprovação do projeto de autoria do Executivo local que reajustou os salários de todas as categorias dos servidores municipais em 6,5%. O professorado exige que sejam aplicados os percentuais de 13,01% anunciados em janeiro pelo Ministério da Educação.
Eles são referentes ao Piso Nacional do Magistério, que ampliou de R$ 1.697,00 para R$ 1.917,78 a referência mínima para o vencimento das carreiras de professores com formação de nível médio. A manifestação está prevista para as 7h30, defronte ao prédio da Prefeitura.
Além dos professores, outras categorias de servidores deverão participar da mobilização. Dentre elas, a dos agentes de saúde, que cobram a efetivação do pagamento do piso nacional da categoria, aprovado em junho do ano passado e que, até o momento, não foi aplicado pelo Município. Conforme representantes das duas categorias, há possibilidade de paralisação nos próximos dias.
Na última terça-feira (03), dezenas de servidores foram à Câmara de Vereadores para acompanhar o processo de votação da matéria encaminhada pelo Executivo. O clima ficou tenso em diversos momentos. Irritados com os parlamentares da base de sustentação do governo na Casa, os servidores vaiavam as manifestações favoráveis à aprovação do projeto. Em determinado momento, em sinal de protesto, os servidores viraram as costas para o plenário e, tão logo houve o anúncio da aprovação do reajuste nos percentuais apresentados pela Prefeitura, esvaziaram as galerias da Câmara.
A presidente do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Juazeiro do Norte, Maria José dos Santos, informou que os professores convocaram uma Assembleia para a próxima semana onde, dentre outras questões, será discutida a possibilidade da aprovação do indicativo de greve pela categoria.
Assembleia
"Os professores já decidiram pela Assembleia e, pelo que parece, por conta da aprovação deste reajuste que cria um deficit em relação ao que foi determinado pelo Governo Federal, que concedeu aumento na faixa de 13,01%, há forte possibilidade de nova paralisação da categoria. No entanto, somente após a Assembleia é que nos teremos essa definição", observou.
A professora Maria Rodrigues Pontes Alexandre, que preside o Conselho do Fundeb no Município, afirmou que o sentimento de revolta predomina junto ao professorado municipal. "Nós repudiamos com veemência a aprovação desse reajuste que o Município quer empurrar goela abaixo do professorado. Existe um Plano de Cargos e Carreira que precisa ser cumprido. O professor precisa receber pela sua titularização. O que a Prefeitura está fazendo com a categoria chega a ser desumano. Estão desrespeitando uma Lei federal e condizionando prejuízos aos servidores", disse.
A reportagem tentou entrar em contato com o secretário de Educação Geraldo Alves que, segundo uma funcionária da pasta, não encontrava-se no gabinete. Varias ligações foram feitas para o número celular repassado pela funcionária como sendo do secretário. No entanto, as ligações não foram atendidas.
Nenhum comentário:
Postar um comentário