terça-feira, 17 de março de 2015


17/03/2015 às 09h28min - Atualizada em 17/03/2015 às 09h33min
Ranílson Silva - Nova Olinda(CE)
TAMANHO DA FONTEA-A+
Nova Olinda - SESA confirma dois novos casos de calazar

Nova Olinda - Os moradores do bairro Nossa Senhora de Fátima, na periferia desta cidade, estão apreensivos com o surgimento de dois novos casos confirmados de leishmaniose visceral, doença popularmente conhecida por calazar. Os vizinhos das vitimas reclamam da presença de cães (cachorros) soltos nas ruas em grande número e que são os hospedeiros da doença.

 

A doença foi confirmada para um homem de identidade não revelada e que está em tratamento no hospital de Nova Olinda. Ele tem idade aproximada de 40 anos, é casado e pai de uma menina e mora com a família no bairro. Outro homem também de identidade não revelada é outro caso também confirmado da doença na cidade.

Desde que recebeu o diagnóstico da doença o comerciante comparece ao hospital todos os dias para o tratamento da leishmaniose visceral. Segundo a Secretaria da Saúde do município – SESA, o paciente tem apresentado um quadro clínico de controle da doença e não representa risco nem para si mesmo nem para qualquer outra pessoa, pois, segundo a SESA o caso está sob controle, sendo tomadas todas as medidas para tratar o paciente e evitar a transmissão da doença que é altamente contagiosa.

 

O coordenador do setor de endemias do município, Paulo Tavares, informa que através da 20ª Célula de Saúde da Secretaria de Saúde do Estado com sede em Crato e com o apoio da Fundação Nacional de Saúde estão sendo adotadas todas as medidas “cabíveis” para bloquear um possível quadro de transmissão do vírus que é o motivo da apreensão dos moradores desde a confirmação deste caso de calazar na comunidade.

 

E os cães são os grandes vilões nesse caso por serem os potenciais portadores do vírus causador do calazar. De acordo com os moradores nas ruas do bairro não é difícil encontrar cachorros soltos. Há casas que têm mais de um animal.

 

A senhora Maria do Socorro conta que alguns animais apresentam sintomas clássicos do calazar como “aparentam está debilitados e com as unhas grandes” disse.

Dona Rosa, outra moradora da localidade, disse que não é de hoje que corre a notícia que os cães  do bairro estariam com calazar. Ela teme que a doença se espalhe entre os moradores e que vitime a outras pessoas.

 

Apesar de concordar que os moradores estão certos em ficar em alerta na observação dos animais e procurar cuidar melhor deles evitando criar uma colônia de ‘animais vadios’ o coordenador de endemias avisa que não há motivos para pânico porque os órgãos da saúde estão atuando para evitar a proliferação do vírus através da identificação do mosquito transmissor o dos animais suspeitos de estarem infectados.

 

Ele conta que já foram realizados 57 exames em cães e destes 16 animais foram considerados suspeitos e terão o sangue recolhido para exame junto ao Laboratório Central de Saúde Pública – LACEN, que é o órgão que vai confirmar ou não se o animal está doente.

 

Ele contou que os animais em que foram constatadas as suspeitas de infecção por leishmaniose, foram recomendados aos proprietários o isolamento dos animais até os resultados finais uma vez que os primeiros testes não são definitivos.

Paulo Tavares informou ainda que na área onde moram as vitimas está sendo feita a pulverização das residências com um veneno especial a fim de matar os mosquitos. E que a situação está sob controle.

De acordo com o informe epidemiológico da SESA divulgado em julho de 2014 com dados de 2013, Nova Olinda tem uma média de 2,7 novos casos da doença a cada ano, tendo ocorrido 2 casos nos anos de 2009 e 2010; 3 casos em 2011; 2 casos em 2013; 2 casos em 2014; e este ano já são confirmados outros dois casos somente nos três primeiros meses do ano. 

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