Os missionários foram muito maltratados pelos corsários e, por fim, foram entregues a tropas holandesas, que à época ocupavam o estado de Pernambuco. Os capuchinhos foram trazidos para Recife, à época capital do domínio holandês no Brasil. Assim, aquela imagem, precioso tesouro, que seria levado para as tribos africanas, veio parar no Nordeste brasileiro. Em Recife ela permaneceu por 104 anos, passando a ser muito querida pela população daquela cidade. Lá ganhou uma capela, que anos mais tarde transformada na atual Basílica Menor da Penha.
Em 1733, o Prefeito da Missão dos Capuchinhos de Recife, Frei Boaventura de Pontremoli, iniciou a ampliação da pequena capela dedicada a Nossa Senhora da Penha, que abrigava a imagem aprisionada na costa africana, e à época já oficializada como “Padroeira do Comércio” da capital pernambucana. Em 1745 os capuchinhos receberam uma nova imagem – bem maior – da Virgem da Penha, feita em Gênova pelo escultor Maragnone. E o novo Prefeito da Missão dos Capuchinhos, Frei Carlos José de Spezia, resolveu doar a imagem aprisionada na costa africana para Missão do Brejo do Miranda (atual cidade de Crato), fundada pelo capuchinho Frei Carlos Maria de Ferrara.
Assim há 270 anos chegava ao Cariri esta histórica imagem, hoje venerada não só na catedral, mas em todas as paróquias da Diocese de Crato.
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