quarta-feira, 11 de março de 2015


CONVOCAÇÃO DE CID

Políticos cearenses têm posições divergentes

11.03.2015

O ex-governador e atual ministro da Educação Cid Gomes, irá hoje à Câmara dos Deputados explicar por que disse que 300 ou 400 deputados federais eram "achacadores". Na avaliação de deputados estaduais, o ministro teria sido pegue em um "desabafo" e de "indignação com a situação atual do País" e acabou complicando a situação da presidente Dilma Rousseff (PT) em um momento delicado.
Para Tin Gomes (PHS), o difícil momento vivido pelo Congresso e pelo Governo Federal foi determinante para que Cid Gomes tenha sido convocado para prestar esclarecimentos na Casa. "Se fosse em outro tempo, talvez não tivesse criado tanta polêmica", destacou, ponderando ainda ser comum a troca de favorecimentos. "Existem segmentos, não só no Congresso, mas em todo o mundo, em que se usa muito o cargo para obter algumas coisas para apoiar alguns projetos".
Na avaliação de José Sarto (PROS), que foi líder do Governo Cid na Assembleia, o ministro estaria indignado com o momento pelo qual passa o Brasil. "Colocar uma frase porque está em um momento de emoção muito forte, ou de chateação, é natural. Cabe a maturidade das nossas lideranças, tanto no Parlamento como no Executivo, entenderem que isso é fruto de um momento, de um desabafo", pontuou.
Já a deputada Mirian Sobreira (PROS) ponderou que, apesar de Cid ter se excedido, a inclusão dos presidentes da Câmara e do Senado em uma lista de investigados por corrupção justifica o posicionamento do ex-governador. "Vejo o questionamento em cima do que estamos vivendo no momento".
Para Elmano Freitas (PT), a frase dita pelo ministro foi "muito infeliz". "Não estou nem discutindo o mérito, estou discutindo que as coisas tem um momento e, evidentemente, o ministro da Educação deve ter uma postura de respeito. Ainda que ele tenha posicionamentos pessoais de avaliação de um deputado A ou B, há uma questão de relação institucional", criticou. "Um erro que dificulta a ação política do Governo Federal".
A crítica foi endossada por João Jaime (DEM), que avaliou que, por ser ministro, Cid Gomes deveria ter tido consciência que a declaração seria danosa ao momento nacional.

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