Lista: cearenses Aníbal Gomes e Padre Zé Linhares serão investigados
O sigilo foi quebrado nesta sexta-feira, 6, após decisão do ministro Teori Zavascki, do Supremo Tribunal Federal (STF)
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Lucas Motalucasmota@opovo.com.br
Atualizada às 22h36
Dois cearenses constam na lista dos políticos que serão investigados por suposto envolvimento no esquema de corrupção da Petrobras, que teve seu sigilo quebrado pelo ministro Teori Zavascki, do Supremo Tribunal Federal (STF), na noite desta sexta-feira, 6. O presidente do Conselho Estadual de Educação do Estado do Ceará (CEE), José Linhares, e o deputado Aníbal Ferreira Gomes(PMDB-CE) estão entre os 54 nomes - entre autoridades e pessoas sem foro privilegiado - citados nas delações do doleiro Alberto Youssef e do ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa.
José Linhares, conhecido popularmente como Padre Zé, assumiu o cargo no Conselho Estadual de Educação em fevereiro deste ano. Anteriormente, ele cumpriu mandato como deputado federal pelo PP.
O deputado federal Aníbal Gomes teve seu nome relatado na delação premiada do ex-diretor de Abastecimento da Petrobras, Paulo Roberto Costa. Ele afirmou que o parlamentar cearense serviria como um "interlocutor" do senador Renan Calheiros (PMDB), presidente do Congresso Nacional, que também está na lista de investigados.
José Linhares, conhecido popularmente como Padre Zé, assumiu o cargo no Conselho Estadual de Educação em fevereiro deste ano. Anteriormente, ele cumpriu mandato como deputado federal pelo PP.
O deputado federal Aníbal Gomes teve seu nome relatado na delação premiada do ex-diretor de Abastecimento da Petrobras, Paulo Roberto Costa. Ele afirmou que o parlamentar cearense serviria como um "interlocutor" do senador Renan Calheiros (PMDB), presidente do Congresso Nacional, que também está na lista de investigados.
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O POVO Online tentou entrar em contato com Aníbal Gomes e Padre Zé. A assessoria de comunicação do deputado informou à reportagem - direto de Brasília - que não conseguiu falar com o parlamentar, que está no Ceará. Já José Linhares não atendeu às ligações.
A reportagem também contactou o Governo do Estado sobre o nome do presidente do Conselho Estadual de Educação estar na lista. A assessoria do órgão informou que o governador Camilo Santana está em um evento em Sobral e, até o momento, não conseguiu contato com ele.
A reportagem também contactou o Governo do Estado sobre o nome do presidente do Conselho Estadual de Educação estar na lista. A assessoria do órgão informou que o governador Camilo Santana está em um evento em Sobral e, até o momento, não conseguiu contato com ele.
Investigação
Os pedidos de investigação do procurador-geral Rodrigo Janot são baseados nas delações do doleiro Alberto Youssef e do ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa. Os delatores citaram o envolvimento de parlamentares de cinco partidos: PT, PMDB, PP, PSDB e PSB.
Dilma Rousseff
A presidente Dilma Rousseff teve seu nome citado na delação do doleiro Alberto Youssef. De acordo com o depoimento, Dilma teria sido beneficiária de contribuições para a campanha eleitoral de 2010. Apesar disso, o procurador-geral informou que não possui competência legal para investigá-la.
Veja os nomes dos investigados:
PP- Senador Ciro Nogueira (PI)
- Senador Benedito de Lira (AL)
- Senador Gladson Cameli (AC)
- Deputado Aguinaldo Ribeiro (PB)
- Deputado Simão Sessim (RJ)
- Deputado Nelson Meurer (PR)
- Deputado Eduardo da Fonte (PE)
- Deputado Luiz Fernando Faria (MG)
- Deputado Arthur Lira (AL)
- Deputado Dilceu Sperafico (PR)
- Deputado Jeronimo Goergen (RS)
- Deputado Sandes Júnior (GO)
- Deputado Afonso Hamm (RS)
- Deputado Missionário José Olímpio (SP)
- Deputado Lázaro Botelho (TO)
- Deputado Luis Carlos Heinze (RS)
- Deputado Renato Molling (RS)
- Deputado Roberto Balestra (GO)
- Deputado Roberto Britto (BA)
- Deputado Waldir Maranhão (MA)
- Deputado José Otávio Germano (RS)
- Ex-deputado e ex-ministro Mario Negromonte (BA)
- Ex-deputado João Pizzolatti (SC)
- Ex-deputado Pedro Corrêa (PE)
- Ex-deputado Roberto Teixeira (PE)
- Ex-deputada Aline Corrêa (SP)
- Ex-deputado Carlos Magno (RO)
- Ex-deputado e vice governador João Leão (BA)
- Ex-deputado Luiz Argôlo (BA) (filiado ao Solidariedade desde 2013)
- Ex-deputado José Linhares (CE)
- Ex-deputado Pedro Henry (MT)
- Ex-deputado Vilson Covatti (RS)
PMDB
- Senador Renan Calheiros (AL), presidente do Senado
- Senador Romero Jucá (RR)
- Senador Edison Lobão (MA)
- Senador Valdir Raupp (RO)
- Deputado Eduardo Cunha (RJ), presidente da Câmara
- Deputado Aníbal Gomes (CE)
- Ex-governadora Roseana Sarney (MA)
PT
- Senadora Gleisi Hoffmann (PR)
- Senador Humberto Costa (PE)
- Senador Lindbergh Farias (RJ)
- Deputado José Mentor (SP)
- Deputado Vander Loubet (MS)
- Ex-deputado Cândido Vaccarezza (SP)
PSDB
- Senador Antonio Anastasia (MG)
PTB
- Senador Fernando Collor (AL)
Operadores do esquema
- João Vaccari Neto, tesoureiro do PT
- Fernando Soares, o Fernando "Baiano"
Arquivamentos:
Delcídio do Amaral Gómez
Alexandre José dos Santos
Henrique Eduardo Lyra Alves
Aécio Cunha Neves
Remessa à Justiça do Paraná:
Cândido Elpidio de Souza Vacarezza
Antônio Palocci Filho
Remessa de documentos ao STJ:
Ciro Nogueira Lima Filho
Aguinaldo Velloso Borges Ribeiro
Remessa ao TRF da 1ª Região:
João Alberto Pizzolatti Junior
Pedro da Silva Correa de Oliveira Andrade Neto
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