segunda-feira, 30 de março de 2015


MINISTRO DA FAZENDA

Dilma se irrita com declaração de Joaquim Levy

09h26 | 30.03.2015

Em encontro realizado na Universidade de Chicago na terça-feira (26) o ministro disse que a presidente nem sempre age da maneira mais efetiva

Dilma Rousseff
Segundo a publicação do O Estado de S. Paulo, a presidente teria pedido ao ministro da Casa Civil, Aloisio Mercadante, para comunicar Joaquim Levy de sua irritação
REUTERS
Joaquim Levy
O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, irá comparecer a uma audiência na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) para detalhar o plano de corte de gastos do governo
MARCELO CAMARGO/AGÊNCIA BRASIL
declaração feita na terça (26) pelo ministro da Fazenda, Joaquim Levy, de que Dilma nem sempre age da forma mais eficaz, parece ter irritado a presidente. O jornal O Estado de S. Paulo informou que o ministro da Casa Civil, Aloizio Mercadante, foi o responsável por comunicar o fato ao ministro da Fazenda ainda no sábado (29).
A fala de Levy, feita em um encontro naUniversidade de Chicago na terça-feira passada, só foi divulgada neste sábado (28). "Acho que há um desejo genuíno da presidente de acertar as coisas, às vezes, não da maneira mais fácil... Não da maneira mais efetiva, mas há um desejo genuíno", afirmou o ministro, em inglês.
As preocupações, tanto no Planalto como no Congresso, é que as falas de Levy prejudiquem a aprovação do pacote de ajuste fiscal, proposto pelo governo. O ministro da Fazenda deve comparecer nesta terça-feira (31) em audiência na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado, onde irá detalhar o plano de corte de gastos para retomar o crescimento do país.
As informações são de que aliados do governo acreditam que Joaquim Levy deve defender o governo Dilma, já que criticando será difícil convencer os congressistas a apoiar um pacote de medidas impopulares proposto pela presidente.
Ainda na noite do sábado (28), o ministro divulgou nota afirmando que sua declaração foi mal interpretada e não quis se pronunciar neste domingo (29). Segundo o jornal, Dilma não deve fazer uma reprimenda ao ministro pois isso iria fragilizar as negociações do pacote.

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