terça-feira, 28 de abril de 2015


DO GOVERNO

Dilma teme que conflito entre Cunha e Renan cause mais derrotas

08h15 | 28.04.2015

A indicação dada pela presidente à equipe é de que não se tome partido por nenhum dos lados

Dilma
A presidente visitou nesta segunda (27) a cidade de Xanxerê, em Santa Catarina, que sofreu com um tornado na semana passada
ROBERTO SUTCKERT FILHO/PR
A nova orientação de Dilma Rousseff para sua equipe é evitar tomar partido na briga entre os presidentes do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), e da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ). O atrito entre os dois têm deixado a presidente preocupada e a medida é uma tentativa de acalmar os ânimos no Congresso.
Em sua visita a Xanxerê nesta segunda-feira (27), em Santa Catarina, Dilma tentouminimizar o conflito entre os peemebebistas. Segundo ela, existe uma "mania no Brasil para procurar conflito extraordinário onde não tem conflito extraordinário". Para a presidente, são naturais as "diferenças de posição" e ressaltou que o PMDB integra a base do governo.
Segundo o jornal 'Folha de S. Paulo', dois emissários foram enviados na semana passada para conversar com ambos os lados. O Planalto teme que o atrito possa impor novas derrotas à gestão de Dilma.
Conflito
O conflito entre Cunha e Renan ganhou maiores proporções após o presidente do senado afirmar que é contra o projeto, já aprovado na Câmara, que amplia a terceirização. Em declaração, Renan comentou que não haverá pressa para uma votação no Senado e que não permitiria uma "pedalada contra o trabalhador".
Em resposta, o presidente da Câmara, um dos responsáveis pela aprovação do projeto, ameçouengavetar propostas do Senado. "Pau que dá em Chico dá também em Francisco", disse.
Outra indicação de Dilma seria para que Joaquim Levy, ministro da Fazenda, evitasse atritos com Cunha. O ministro teria comentado ter um "bom relacionamento" com o líder da Câmara, apesar de rumores sobre desentendimento entre os dois durante a votação para a terceirização.

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