Terceirização: CUT e Força Sindical se enfrentam
Da Folha de S.Paulo – Cláudia Rolli
As duas principais centrais sindicais do país, CUT e Força Sindical, se enfrentam no 1º de Maio com posições opostas na questão do projeto que regulamenta e amplia a terceirização nas empresas. Contrárias ao projeto, CUT, outras centrais e movimentos sociais farão passeatas de três pontos do centro de São Paulo até o Vale do Anhangabaú, onde realizarão protesto conjunto. Para essas entidades, o projeto causa riscos ao trabalhador, uma vez que teriam menos proteção social e perda de direitos.
Do outro lado da cidade, a Força Sindical comanda o 1º de Maio na praça Campo de Bagatelle (zona norte), com posição contrária à política econômica do governo e favorável à regulamentação da terceirização. Haverá sorteio de carros, além de shows com artistas populares.
O ex-presidente Lula subirá ao palco da CUT para reforçar o pedido de que o texto não seja aprovado no Senado e para pedir que a presidente Dilma vete o projeto caso seja aprovado pelos senadores.
Depois de a CUT e líderes petistas cobrarem clareza do governo, Dilma afirmou nesta quinta ser contra a terceirização nas atividades essenciais das empresas.
Participam do evento da Força, o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ) e o senador Aécio Neves (PSDB-MG), aliados do deputado Paulo Pereira da Silva (SD-SP) e ex-dirigente da Força Sindical, na aprovação do projeto.
A decisão de defender a extensão da terceirização tem dividido os sindicatos filiados à Força. "Não somos favoráveis à terceirização na atividade-fim. O deputado Paulinho pode ter negociado para passar as emendas dele, mas não representa a posição de toda a central", diz José Pereira dos Santos, presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Guarulhos, que representa 49 mil trabalhadores.
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