EM SOBRAL
Cinco são condenados por morte de empresário
16.06.2015
Cinco homens foram condenados pela Justiça de Sobral pelos crimes de latrocínio (roubo seguido de morte) e corrupção de menores, cometidos em 2013. Naquela ocasião, o grupo atacou o empresário sobralense Antônio Hélio de Carvalho, que foi morto na frente da esposa e do genro, na entrada de casa.
De acordo com o processo, o autor intelectual do crime foi o cunhado da vítima, João Batista de Negreiros. Ele teria arquitetado o roubo que terminou na morte do parente.
Segundo as investigações da Polícia Civil, Negreiros contratou um grupo criminoso, composto por Francisco Angelino de Sousa Junior, Antônio Ismael Neves de Paula, Francisco Tiafro de Sousa Teixeira, Marcelo Feijão Silva e dois adolescentes, para roubar a casa do empresário.
Roubo
Negreiros teria dito ao grupo que a vítima guardava uma grande quantia em dinheiro num cofre na residência. Na noite de 13 de agosto de 2013, os dois adolescentes aguardaram a vítima chegar, fingindo namorar na frente da casa. Antônio Hélio chegou dirigindo um veículo, levando a esposa e um genro. Os parentes desceram do veículo e abriram o portão. Neste momento, os adolescentes se aproximaram e anunciaram o assalto.
Entretanto, o garoto, que portava um revólver, efetuou um disparo que atingiu a cabeça do empresário, que ainda foi levado ao hospital, mas não resistiu ao ferimento e morreu.
Os adolescentes fugiram do local com apoio de dois homens em uma moto e três, em um carro. Com a identificação dos autores, todos foram presos preventivamente por ordem do Juiz Cavalcante Neto, da 1ª Vara Criminal de Sobral, tendo o Ministério Público oferecido denúncia por crime de latrocínio.
O mesmo magistrado condenou João Batista de Negreiros a 29 anos e 9 meses de prisão. As penas dos demais variaram de 17 anos a 28 anos e 7 meses.
Os advogados da família da vítima, Leandro Vasques e Holanda Segundo, mostraram-se satisfeitos com a decisão do Poder Judiciário. "A pena aplicada foi proporcional à gravidade dos fatos, o que não ameniza a dor da família, mas pelo menos lhes dá a sensação de que a Justiça foi feita", afirmou Vasques.
Os condenados ainda poderão recorrer ao Tribunal de Justiça do Ceará (TJCE), mas aguardarão o julgamento de seus recursos sob prisão preventiva.
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