quinta-feira, 2 de julho de 2015

ZONA LIVRE

Vacinação contra a febre aftosa atinge objetivo

02.07.2015

Alguns municípios se destacaram nessa primeira fase da vacinação, atingindo 100% do rebanho

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A febre aftosa é uma enfermidade altamente contagiosa, que atinge todos os animais de casco fendido, principalmente bovinos, bubalinos, suínos, ovinos
FOTO: NATINHO RODRIGUES
Fortaleza. A primeira etapa da campanha de vacinação contra Febre Aftosa no Ceará encerrou com 93.69% de bovinos vacinados. Já dos bubalinos, os índices foram um pouco maiores, 98,35% imunizados. Segundo a Secretaria do Desenvolvimento Agrário (SDA), esses percentuais mantém a certificação da Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) como zona de livre da enfermidade animal contagiosa permitindo a comercialização de animais para outros estados e países.
Este ano, a meta da das ações de prevenção contra a aftosa era superar à primeira etapa de 2014, onde foram vacinados 93,79% do rebanho bovino e bubalino do Estado. Ainda de acordo com a Adagri, mais de 88% das propriedades rurais foram imunizadas no ano passado. Em Novembro, na segunda etapa da vacinação, os índices foram praticamente os mesmos, com 93,79% do rebanho protegido contra a doença. O Governo quer superar esses percentuais durante este ano.
Os índices, divulgados pela SDA, foram praticamente os mesmos. Oficialmente, um décimo a menos se comparado ao mesmo período. Mesmo assim, alguns municípios se destacaram nessa primeira fase da vacinação. Chaval, Uruoca, Itaitinga, Pacatuba, Umari, Catarina, Pacujá, Graça, Morrinhos e Piquet Carneiro, atingiram 100% de imunização dos seus rebanhos. O objetivo do Governo do Estado para a segunda etapa da campanha é atingir essa totalização percentual em todo o território cearense. Sobre o sucesso da vacinação em Piquet Carneiro, o prefeito deste município do Sertão Central, Expedito do Nascimento, justificou estar relacionado ao processo de acompanhamento realizado pelos órgãos da administração municipal, incluindo os agentes de saúde, juntamente com os do Governo do Estado, por exemplo a Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Ematerce).
"Além do acompanhamento contínuo, de campanhas nas emissoras de rádio e mobilizações junto às associações, quando faltam 15 dias para o encerramento da vacinação nossos técnicos vão atrás de quem ainda não cumpriu a sua obrigação", acrescentou o gestor. Ainda conforme Expedito do Nascimento, atualmente presidente da Associação dos Municípios do Estado do Ceará (Aprece), o alerta para a possibilidade da vacinação compulsória de seus animais, determinado pelo Estado- no qual, além dessa obrigação, ainda pagam multa de aproximadamente R$ 16,00 por cada cabeça-, os criadores acabam percebendo ser mais lucrativo auxiliar para manter o Estado livre da aftosa.
No início de junho do ano passado, membros da Comissão Científica da Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) confirmaram recomendação para reconhecimento internacional do Ceará como Zona Livre de Febre Aftosa. A recomendação foi feita durante a Assembleia Internacional de Delegados da OIE, em Paris. Além do Ceará, a recomendação valeu também para os estados de Alagoas, Maranhão, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte e região norte do Pará.
De acordo com o coordenador estadual da campanha de vacinação de febre aftosa, Joaquim Sampaio, a participação dos criadores cearenses tem sido muito importante para o sucesso da campanha nos últimos anos, necessitando a adesão de todos para continuarmos livres da febre aftosa.
Contagiosa
A febre aftosa é uma enfermidade altamente contagiosa, que atinge todos os animais de casco fendido, principalmente bovinos, bubalinos, suínos, ovinos e caprinos e, devido seu grande poder de difusão, pode interferir no comércio estadual, interestadual e até internacional de animais, seus produtos e subprodutos, causando prejuízos à economia estadual. De acordo com a Adagri o último surto dessa doença no Ceará ocorreu em 1997, no município de Porteiras, na região do Cariri.
Conforme a Agência de Defesa Agropecuária do Estado do Ceará (Adagri), órgão da SDA responsável pelo programa de vacinação, o Ceará tem um rebanho bovino de 2.598.751. Apenas 1.576 são bubalinos. O Centro-Sul tem a maior concentração com 484.384 cabeças. O Sertão-Central tem um total de 406.602 cabeças. Em terceiro vem o Cariri, com 396.911. A Zona Norte concentra 324.492 bovinos. Em último está o Sertão de Crateús, com 311.455 cabeças. Esses números foram fechados em maio passado.

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