Ceará é o terceiro do Nordeste em número de mortes por choques elétricos.
Um levantamento divulgado nesta quarta-feira, 29, pela Associação Brasileira de Conscientização para os Perigos da Eletricidade (Abracopel) apontou que 35 pessoas morreram no Ceará em 2014, vítimas de choques elétricos. O dado coloca o estado como o terceiro no Nordeste em número de acidentes deste tipo. Em toda a região, as mortes relacionadas a choques elétricos superaram a marca de 620 pessoas, sendo 69 delas crianças e jovens de até 15 anos de idade, 180 em acidentes domésticos e 79 em estabelecimentos comerciais de pequeno porte. De acordo com o estudo, problemas com tomadas e extensões, cercas eletrificadas, eletrodomésticos com pequenos defeitos e até chuveiros elétricos são os principais causadores dos acidentes elétricos. Segundo o diretor executivo da Abracopel, Edson Martinho, a quantidade de acidentes cresceu 17% em relação ao ano de 2013. Além disso, o número de óbitos teve um aumento de 6%. Para o diretor da associação, um dos motivos para o aumento de mortes é a falta informação. "O grande problema é a falta de conhecimento sobre os riscos da eletricidade. As pessoas acham que o máximo que vai acontecer é que elas vão tomar um choquezinho, mas a verdade é que pode haver um risco grande de óbito", afirma Edson. Conforme o estudo, o estado que mais registrou óbitos foi a Bahia com 68 casos. Em seguida aparecem Pernambuco (51), Ceará (35), Alagoas (28), Piauí (26), Paraíba (20), Maranhão (19), Rio Grande do Norte (14) e Sergipe (5). Os estados de Alagoas e Piauí apresentaram o maior número de mortes proporcional ao número de habitantes. Com 8,43 e 8,14 casos por 1 milhão de habitantes, respectivamente. Nesse comparativo, o Ceará - que está em terceiro lugar por número absoluto de mortes - cai para sétimo. Em relação a trabalhadores que sofrem acidentes durante o exercício da profissão, o estudo também ressalta que houve um crescimento. Ao todo, pedreiros, pintores e ajudantes dessas profissões se acidentam com mais frequência do que eletricistas profissionais, sendo 31 casos contra 29. Ceará O estudo especifica dados dos acidentes. No Ceará, do total de 35 mortes, 7 foram na rede aérea (postes), 3 em praças ou ruas, 12 em residências, 9 foram em áreas rurais externas (descampados, poços, cercas elétricas) e quatro em comércios ou indústrias. Além disso, foi constatado que grande parte das vítimas possuem entre 31 e 40 anos de idade. Jornal O Povo
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