Uma comissão composta por cinco vereadores inciou, nesta segunda-feira (24), uma vistoria em escolas da zona rural. Em três unidades de ensino visitadas, os parlamentares encontraram produtos como macarrão e temperos vencidos há três meses. “Os alimentos estavam acondicionados juntamente com outros produtos, todos eles fornecidos aos estudantes. Além disto, vários equipamentos estão quebrados”, acrescenta Vidal.
A denúncia, conforme o vereador André Feitosa (PPS), partiu dos próprios funcionários das escolas. Feitosa detalha que na Escola Alzinete Honorato, localizada no Sítio Formiga, há 10km da sede, e na Escola Ana Ramalho, no Sítio Cabeceira, há 5km da zona urbana, “a situação poderia ser pior, caso tivéssemos vindo antes”. O vereador ressalta que “a quantidade vencida é relativamente pequena pois os lotes já estão no final, nos próximos dias será feita a reposição dos alimentos”. Cada escola possui um calendário próprio de abastecimento, variando entre 14 e 20 dias, conforme Bosco Vidal.
Segundo o vereador Epitácio Cruz (PSB), a direção da escola Maria Alacoque “se negou a mostrar o depósito de alimentos”. “Eles disseram que a fechadura havia sido trocada e não estavam em posse da chave. Além de fornecerem produtos vencidos, não temos acesso aos alimentos, como pode isso?”, questiona Cruz, classificando o ato como “irresponsabilidade da administração pública com as crianças e alunos”.
Relatório ao MP
A comissão está preparando um relatório para ser entregue ao Ministério Público Estadual e aVigilância Sanitária. O documento especificará a quantidade de cada lote vencido, o tipo de alimento e a escola onde foram encontradas tais irregularidades. A previsão para entrega do relatório é de quatro dias. “Iremos fazer outras visitas em unidades que foram denunciadas, queremos entregar ao MP um relatório detalhado e que não deixe dúvidas quanto à ilegalidade”, explica Epitácio Cruz.
A expectativa do legislativo é que “a denúncia seja apurada pelos órgão competentes, diferente de outras vezes”, anseia Cruz, referindo-se ao ano passado quando o vereador Rildo Teles (PSL) encaminhou denúncia ao MP sobre alimentos vencidos encontrados em uma escola da rede municipal. Segundo Epitacio, “nunca houve nenhum tipo de punição”.
Tentamos contato com a secretária de Educação de Barbalha, Cristiane Sampaio, para falar sobre o assunto. Até o fechamento desta edição, a titular da pasta não havia sido localizada na Secretaria. O prefeito José Leite Gonçalves Cruz (PT) também não foi localizado pela reportagem.
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