quarta-feira, 5 de agosto de 2015

Esquema fraudulento desviou mais de R$ 5 mi

Na casa de um empresário, policiais civis apreenderam R$ 290 mil, além de munição e documentos, durante a operação ( FOTO: DIVULGAÇÃO/MPCE )
Crato As investigações do Ministério Público do Estado do Ceará (MPCE), que tiveram início em 27 de março deste ano, apontam problemas nas licitações de, pelo menos, três empresas particulares, configurando um esquema de desvio de verba pública superior a R$ 5,2 milhões, em Crato, no Cariri.
Na manhã de ontem, durante os trabalhos da segunda etapa da "Operação Hora da Verdade", foram apreendidos pela Polícia Civil, munição e R$ 290 mil, além de documentos. O dinheiro foi localizado na residência do empresário Laércio Braga.
De acordo com a promotoria, a Comissão de Licitação da cidade servia como "fachada para burlar a fiscalização". Como prova apresentada pelo MP, documentos determinavam como deveria ser o posicionamento da Procuradoria do Município diante das licitações.
Uma das empresas envolvidas do no suposto esquema era a Comeg, cujo preço de alguns medicamentos praticados era superior a até 400% ao valor de mercado. A empresa, cujo valor fraudado estaria em torno de R$ 155 mil, teria sido, também, uma das principais financiadoras da campanha do prefeito da cidade, Ronaldo Sampaio Gomes.
Segundo o MPCE, as investigações também apontam as empresas do ramo gráfico, Lobo ME e Manoel Magalhães ME, diretamente beneficiadas com a dispensa de licitações. Ambas também teriam fornecido "grande quantidade de material de campanha durante as eleições", de acordo com o MP. Foi instaurada ação cível para apurar a responsabilidade do prefeito nos casos das supostas fraudes.
Pedido de prisão
A promotoria pediu a prisão preventiva dos empresários Laércio Teles e Francisco Rivaildo, e pediu o afastamento do secretário de Finanças, Édio Oliveira.
André Costa
Colaborador

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