Enfrentando a redução dos preços das commodities no mercado internacional e sentindo os efeitos do desaquecimento econômico da China, seu principal parceiro no exterior, o Brasil se esforça para estreitar os laços comerciais com outros mercados, sobretudo o norte-americano, que cresce além do esperado.
"Nós estamos com preços (das commodities) 20% mais baixos do que no ano passado. Já estamos sendo afetados, mas estamos promovendo grande esforço para diversificar o mercado. O Brasil está apostando firmemente no mercado americano. As nossas exportações de manufaturados para os Estados Unidos cresceram 5% neste ano", afirmou ontem o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Armando Monteiro, em visita ao Ceará.
O ministro ressaltou que, neste ano, o Nordeste deverá apresentar "desempenho relativamente melhor" do que a média nacional, mas que também apresentará retração do Produto Interno Bruto (PIB).
A respeito da reforma do Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviço (ICMS) prevista pelo governo prevê duas compensações para os estados afetados, como o Ceará. Uma delas, salientou, é o fundo de compensação para evitar perdas tributárias das unidades federativas.
A segunda medida, acrescentou, é a implantação de um fundo de desenvolvimento que está sendo discutido no Senado. "O ICMS é o maior imposto do Brasil hoje, mas ele tem distorções, que estão traduzido na guerra fiscal", comentou. O ministro disse ainda esperar que o País apresente crescimento da economia já no próximo ano, após os reajustes de 2015.
Transnordestina
Na tarde de ontem, Armando Monteiro esteve presente na assinatura da Ordem de Serviço do quarto lote da obra da Transnordestina. O documento foi assinado pela presidente Dilma Rousseff e pelo presidente da Transnordestina Logística (S/A), o ex-ministro Ciro Gomes.
Durante o evento de assinatura da ferrovia, Dilma Rousseff afirmou esperar que, parte da ferrovia possa operar comercialmente até 2018. "Nós estamos fazendo um imenso esforço para que essa obra fique concluída nesse trecho muito importante entre Eliseu Martins (PI), Salgueiro (PE) e Pecém (CE)", destacou a presidente.
Gafes
Antes de iniciar a reunião com políticos e representantes do setor produtivo cearense, a presidente, que já cometeu duas gafes em relação ao nome do prefeito de Fortaleza, Roberto Cláudio, deixou de citar o nome do gestor. Depois de cumprimentar os presentes e chamá-los pelo nome, Dilma referiu-se a Roberto Cláudio apenas como "nosso querido e simpático prefeito". Em julho de 2013, a presidente esqueceu o nome do prefeito, em evento oficial. Já em novembro do mesmo ano, confundiu-se e chamou-o de "Antônio Cláudio".
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