Oito pessoas foram presas nos municípios de Itarema, Hidrolândia, Nova Russas e Fortalezasuspeitas de cometer vários crimes na contratação do serviço de transporte escolar no município de Itarema, na Região Norte do Ceará. Deflagrada pelo Ministério Público do Estado do Ceará (MPCE) nesta terça-feira (4), a operação “Carroça” também cumpriu mandados de busca e apreensão na Prefeitura Municipal de Itarema e na residência dos investigados, incluindo o vereador José Everardo Marques Alves (vulgo “Dadá”), envolvido no esquema de apadrinhados políticos para a prestação do serviço de transporte escolar no Município.
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Entre os presos, está o secretário de Educação, que também foi afastado, além de agentes públicos, proprietários e empregados de empresas prestadoras de serviço de transporte escolar para a Prefeitura de Itarema.
Em nota, a Prefeitura de Itarema afirma que a fraude foi realizada na gestão anterior da administração municipal. A nota diz ainda que os gestores da cidade estão disponíveis para prestar esclarecimentos sobre o caso.
Eles são de fraude em licitações, falsificação de documentos públicos e uso de documentos falsos. Os trabalhos são coordenados pela promotora de Justiça Mayara Muniz, de Itarema, em parceria com o Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco) e equipes da Polícia Civil e da Perícia Forense do Estado (Pefoce).
Investigações
De acordo com as investigações, a Prefeitura de Itarema realizou uma licitação para contratar veículos como ônibus e micro-ônibus, mas o serviço passou a ser prestado em carroceiras de pickups e outras conduções inadequadas.
De acordo com as investigações, a Prefeitura de Itarema realizou uma licitação para contratar veículos como ônibus e micro-ônibus, mas o serviço passou a ser prestado em carroceiras de pickups e outras conduções inadequadas.
A apuração mostrou que a empresa contratada não dispunha dos veículos apropriados e subcontrata irregularmente pessoas que possuem simpatia política com a gestão municipal. Além disso, a empresa utilizou documentos falsos no procedimento licitatório, no intuito de comprovar a sua habilitação técnica para a prestação do serviço.
Segundo o MPCE, o esquema criminoso ocorre desde 2013, início da gestão do atual prefeito, e as investigações tiveram início depois de denúncias de pais de alunos relatando as péssimas condições em que os estudantes são transportados.
Segundo o Ministério Público, os veículos "não apresentam as mínimas condições de segurança e alguns dos condutores sequer possuem habilitação, o que coloca em risco a integridade dos estudantes". No início deste ano, um veículo que prestava o serviço de transporte escolar de forma irregular chegou a tombar, causando ferimentos aos alunos da localidade de Angico (Itarema).
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