segunda-feira, 3 de agosto de 2015

Pesquisas e descobertas serão foco de encontro

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Evento acontece a cada dois anos e mais uma vez o Cariri foi contemplado. A primeira edição ocorreu no ano de 1999
FOTOS: ELIZANGELA SANTOS
Crato. Será aberta às 19 horas de hoje, a 24ª edição do Congresso Brasileiro de Paleontologia, que pela segunda vez é realizado no maior museu a céu aberto do período Cretáceo do Planeta, na Bacia Sedimentar do Araripe. O evento conta com grandes nomes da área no Brasil e exterior, e vai até o próximo dia 6 de agosto. A meta dos organizadores é chegar a 600 pessoas inscritas, entre estudantes, professores e pesquisadores de diversas universidades do Brasil e do exterior. Atualidades em pesquisas, novas descobertas à preservação do patrimônio estão entre os principais temas a serem abordados durante o encontro.
A abertura acontece no Centro de Convenções do Cariri, com solenidade que terá como presidente de honra o professor Plácido Cidade Nuvens, atualmente diretor do Museu de Paleontologia de Santana do Cariri, e um dos grandes divulgadores do potencial paleontológico da região. Ele criou o Museu em Santana, quando prefeito da cidade, em meados dos anos 80. Hoje, é um dos equipamentos mais visitados da localidade, com mais de nove mil fósseis, e administração da Universidade Regional do Cariri (Urca).
Segundo o presidente do congresso, Álamo Saraiva, o evento acontece a cada dois anos, e o Cariri mais uma vez é contemplado. O primeiro aconteceu em 1999 e representou um marco na área, com maior participação de todas as suas edições. "Foi de extrema importância a realização em 1999, porque chamou a atenção a comunidade caririense para a preservação dos fósseis", diz ele. Além disso, estudantes terão a oportunidade de participar, principalmente os que já realizam pesquisas com fósseis. Atualmente existe um curso de especialização em Paleontologia na região, numa parceria entre a Urca e a Universidade Federal do Ceará (UFC).
Além da Urca, o evento está sendo organizado, este ano, pela Universidade Federal do Pernambuco (UFPE), Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE) e o Geopark Araripe. A coordenação científica é formada pelos pesquisadores Etiene Fabbrin Pires, Juan Carlos Cisneros Martínez e Sandro Marcelo Scheffler. Parte dos pesquisadores do evento já realizou trabalhos na Bacia Sedimentar do Araripe, a exemplo da paleontóloga da UFPE, Juliana Sayão, e o pesquisador Alexander Kellner, do Museu Nacional da Universidade Federal do Rio de Janeiro.
De acordo com o presidente do evento, o congresso realizado agora envolve temas importantes, como a legislação em relação ao tráfico de fósseis. Para isso, representantes de instituições como o Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM), Polícia Federal e Ministério Público Federal estarão participando dos debates.
Achados
Dentre os assuntos das palestras, será falado sobre as descobertas realizadas nos últimos dois anos. Os debates acontecem em auditórios no campus do Pimenta, na URCA, no Crato, incluindo o Ginásio Poliesportivo, Salão de Atos da Universidade, auditório do Geopark Araripe. As inscrições continuarão sendo realizadas normalmente até hoje, por meio do sitewww.24cbp.Com.Br.
Outro nome presente no evento é o da pesquisadora na área de botânica, com estudos relacionados à evolução das angiospermas, Else Marie Friis, do Museu Sueco de História Natural. Também fará parte do evento um dos 10 maiores estudiosos do período Devoniano no mundo, o português Artur Sá, do Conselho de Datação, e outros nomes importantes de brasileiros, que já realizaram pesquisas na região da Bacia Sedimentar do Araripe.
Visando incentivar o desenvolvimento das pesquisas paleontológicas no meio universitário, o XXIV Congresso Brasileiro de Paleontologia realiza a premiação das melhores apresentações de estudantes nesse congresso, com o Prêmio Josué Camargo Mendes, nas categorias mestrado e doutorado, introduzindo o de graduação.
Este prêmio foi outorgado pela primeira e única vez durante o XIV Congresso Brasileiro de Paleontologia realizado, justamente, na Universidade Regional do Cariri, em 1999. O objetivo central é o de reconhecer a excelência das contribuições científicas apresentadas pelos iniciantes na pesquisa paleontológica, incentivando os futuros pesquisadores ainda no início de suas carreiras.

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