A programação do ministro das Cidades, Gilberto Kassab (PSD), cumprida ontem no Ceará, era outra bem diferente. Ele contava com uma decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), na quinta-feira passada, registrando o PL, para solenemente assistir aqui a filiação ao novo grêmio dos deputados federais Adail Carneiro, Domingos Neto e Macedão. Nove representantes cearenses na Câmara Federal estão buscando novas siglas. O número pode aumentar em face do descontentamento de Luizianne Lins e a criação da Rede, o partido de Marina Silva.
Se nos demais estados brasileiros a migração de políticos, por razões as mais diversas, menos por convicção, ideologia ou compromisso público, estiver acontecendo como no Ceará, não é nada promissora a perspectiva de uma atuação séria dos partidos e dos inúmeros políticos a eles filiados no futuro.
A sinalização é de tudo continuar tão ruim quanto é hoje. Aqui, temos deputados mudando de sigla pelas conveniências dos seus chefes, outros por insatisfação com estes, e mais alguns pela vaidade de comandarem a si próprio, e tendo um partido para chamar de seu, poderem negociar legenda, candidaturas e cargos. É repugnante tal situação, levando-se em consideração a importância dos partidos na sedimentação da ordem democrática.
Nos últimos dias, a partir da perspectiva da criação do espaço para deputados e vereadores mudarem de partido legalmente, a tal da “janela”, e da proximidade do tempo de filiação obrigatório para os candidatos em 2016, que seria um ano (a nova lei a ser sancionada pela presidente Dilma reduz o tempo a seis meses), tem acontecido situações deveras deploráveis, ampliando mais ainda o estar anárquico de algumas das nossas 34 agremiações partidárias.
A disputa pelo controle estadual do PP e do PROS, se inclui no rol de casos negativos, significativos na explicitação de que certos políticos têm os partidos não como meio de defender suas ideias, e como consequência chegarem ao Poder, mas como para a garantia de seus objetivos alheios aos da sociedade.
Envergadura
Até o PSB, no núcleo cearense, caiu na vala comum. O modo estranho como se deu a entrada e saída de Roberto Pessoa no partido, num curto espaço de sessenta dias, confirma a contaminação de muitos dos nossos grêmios e dos ideais dos cabeças de alguns dos que ainda venham a nascer, impondo-nos a convicção de não ser os partidos fonte do florescer das lideranças que carecemos para tornar o ambiente da política mais arejado e capaz de solucionar problemas como os vividos nos dias atuais, lamentavelmente tão graves exatamente pela falta de figuras com envergadura moral e qualidades outras que se lhes façam ser ouvidas e respeitadas.
Estão buscando novas legendas os deputados federais cearenses Adail Carneiro, Antônio Balhmann, Danilo Forte (já efetivado), Domingos Neto, Leônidas Cristino, Macedão (José Maria Macêdo Júnior), Moses Rodrigues, Odorico Monteiro e Vitor Valim. Sairão do PROS acompanhando o chefe: Antônio Balhmann e Leônicas Cristino. Domingos Neto, do mesmo partido, não vai para o PDT como os dois primeiros. Ele vai esperar pelo PL, e se não sair o novo partido ele se filia ao PSD, presidido por sua mãe. Saindo o registro do PL, também estão comprometidos em entrar na nova sigla Adail e Macedão.
Desistências
Moses Rodrigues procurou, com a ajuda do PMDB, ter o controle de uma das siglas do ministro Kassab. Vitor Valim tentou o comando do PP, também com a ajuda de dirigente do seu ainda PMDB. Odorico Monteiro assinou a ficha de filiação ao PROS, segundo disse a um dos deputados cearenses o presidente nacional desta sigla, Eurípedes Júnior, condicionado à aprovação da “janela”. Ele já tem hoje o controle do partido no Ceará, que seria para o seu primo-irmão Valdetário Monteiro, mas ficou, temporariamente com o advogado Leandro Vasques.
Para que Valim não conquistasse o comando do PP, que ficou com o grupo político de Cid Gomes, foi negociado a licença de um deputado federal eleito na aliança do governador Camilo Santana, para permitir a convocação do suplente Paulo Henrique Lustosa. O deputado Adail Carneiro foi convidado a assumir uma Secretaria da Prefeitura de Fortaleza, mas ainda não deu resposta. Mas para que Paulo Henrique seja convocado pela Câmara, é necessário que Ariosto Holanda e Inácio Arruda, os dois suplentes à frente de Paulo, desistam de ser deputados. E foi o que já fizeram, oficialmente.
O PP ainda filiará o primeiro suplente de federal, Vicente Arruda, que deixa o PROS, e o atual prefeito do Município de Massapê, Antônio José Aguiar Albuquerque, hoje filiado ao PROS. Padre José Linhares continuará na presidência da agremiação no Ceará, mas os demais cargos da direção do partido serão para liderados de Cid Gomes.
Se nos demais estados brasileiros a migração de políticos, por razões as mais diversas, menos por convicção, ideologia ou compromisso público, estiver acontecendo como no Ceará, não é nada promissora a perspectiva de uma atuação séria dos partidos e dos inúmeros políticos a eles filiados no futuro.
A sinalização é de tudo continuar tão ruim quanto é hoje. Aqui, temos deputados mudando de sigla pelas conveniências dos seus chefes, outros por insatisfação com estes, e mais alguns pela vaidade de comandarem a si próprio, e tendo um partido para chamar de seu, poderem negociar legenda, candidaturas e cargos. É repugnante tal situação, levando-se em consideração a importância dos partidos na sedimentação da ordem democrática.
Nos últimos dias, a partir da perspectiva da criação do espaço para deputados e vereadores mudarem de partido legalmente, a tal da “janela”, e da proximidade do tempo de filiação obrigatório para os candidatos em 2016, que seria um ano (a nova lei a ser sancionada pela presidente Dilma reduz o tempo a seis meses), tem acontecido situações deveras deploráveis, ampliando mais ainda o estar anárquico de algumas das nossas 34 agremiações partidárias.
A disputa pelo controle estadual do PP e do PROS, se inclui no rol de casos negativos, significativos na explicitação de que certos políticos têm os partidos não como meio de defender suas ideias, e como consequência chegarem ao Poder, mas como para a garantia de seus objetivos alheios aos da sociedade.
Envergadura
Até o PSB, no núcleo cearense, caiu na vala comum. O modo estranho como se deu a entrada e saída de Roberto Pessoa no partido, num curto espaço de sessenta dias, confirma a contaminação de muitos dos nossos grêmios e dos ideais dos cabeças de alguns dos que ainda venham a nascer, impondo-nos a convicção de não ser os partidos fonte do florescer das lideranças que carecemos para tornar o ambiente da política mais arejado e capaz de solucionar problemas como os vividos nos dias atuais, lamentavelmente tão graves exatamente pela falta de figuras com envergadura moral e qualidades outras que se lhes façam ser ouvidas e respeitadas.
Estão buscando novas legendas os deputados federais cearenses Adail Carneiro, Antônio Balhmann, Danilo Forte (já efetivado), Domingos Neto, Leônidas Cristino, Macedão (José Maria Macêdo Júnior), Moses Rodrigues, Odorico Monteiro e Vitor Valim. Sairão do PROS acompanhando o chefe: Antônio Balhmann e Leônicas Cristino. Domingos Neto, do mesmo partido, não vai para o PDT como os dois primeiros. Ele vai esperar pelo PL, e se não sair o novo partido ele se filia ao PSD, presidido por sua mãe. Saindo o registro do PL, também estão comprometidos em entrar na nova sigla Adail e Macedão.
Desistências
Moses Rodrigues procurou, com a ajuda do PMDB, ter o controle de uma das siglas do ministro Kassab. Vitor Valim tentou o comando do PP, também com a ajuda de dirigente do seu ainda PMDB. Odorico Monteiro assinou a ficha de filiação ao PROS, segundo disse a um dos deputados cearenses o presidente nacional desta sigla, Eurípedes Júnior, condicionado à aprovação da “janela”. Ele já tem hoje o controle do partido no Ceará, que seria para o seu primo-irmão Valdetário Monteiro, mas ficou, temporariamente com o advogado Leandro Vasques.
Para que Valim não conquistasse o comando do PP, que ficou com o grupo político de Cid Gomes, foi negociado a licença de um deputado federal eleito na aliança do governador Camilo Santana, para permitir a convocação do suplente Paulo Henrique Lustosa. O deputado Adail Carneiro foi convidado a assumir uma Secretaria da Prefeitura de Fortaleza, mas ainda não deu resposta. Mas para que Paulo Henrique seja convocado pela Câmara, é necessário que Ariosto Holanda e Inácio Arruda, os dois suplentes à frente de Paulo, desistam de ser deputados. E foi o que já fizeram, oficialmente.
O PP ainda filiará o primeiro suplente de federal, Vicente Arruda, que deixa o PROS, e o atual prefeito do Município de Massapê, Antônio José Aguiar Albuquerque, hoje filiado ao PROS. Padre José Linhares continuará na presidência da agremiação no Ceará, mas os demais cargos da direção do partido serão para liderados de Cid Gomes.
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