Após trabalho de investigação da Polícia Civil para tentar desarticular quadrilhas responsáveis por ataques a bancos no Estado, a Delegacia de Roubos e Furtos (DRF) conseguiu prender dois homens apontados como os financiadores dos recentes ataques ocorridos no Ceará. Segundo a DRF, os custos para financiar ataques a instituições financeiras chegavam a R$1 milhão.
Os resultados dos trabalhos foram apresentados, na manhã de ontem, durante coletiva de imprensa realizada na Divisão de Combate ao Tráfico de Drogas (DCTD), onde funciona temporariamente a DRF. Acabaram presos Marcos Antônio Pinheiro de Barros, 35, mais conhecido como 'Marcão' ou 'Moita' e Francisco José Moura do Nascimento, 35,o 'Junior Caucaia'.
Os dois homens foram detidos em ações distintas, por meio de mandados de prisão cumpridos na última sexta-feira (18). De acordo com o delegado titular da DRF, Raphael Vilarinho, a dupla atuava dando apoio a grupos criminosos financiando ataques a bancos.
As quadrilhas também atuavam com roubos de cargas e tráfico de drogas. O envolvimento dos dois homens seria o fornecimento de armas de grosso calibre, apoio logístico a facções internas e a quadrilhas de outros estados. Segundo as investigações da Polícia Civil, o dinheiro arrecadado nos ataques era investido no tráfico de drogas.
Conforme Vilarinho, a prisão de Francisco José ocorreu com a continuidade das investigações da operação que resultou na prisão de quatro pessoas pelo ataque ao Banco do Brasil do município de São Gonçalo do Amarante, no mês de agosto, último. Nessa ocorrência, quatro pessoas foram presas, com um Fuzil modelo AK-47, munições e uma pistola 380. Entre elas, o gerente do banco.
O bando, segundo a Polícia, forjava o sequestro de gerente e praticava o roubo conhecido como 'sapatinho'. O titular da DRF informou que a quadrilha financiada por Francisco José é responsável por nove ataques, desde o ano de 2013. Os últimos foram na RMF, em São Gonçalo e em Caucaia.
Maranguape
Francisco José foi preso quando estava na residência dele, no município de Maranguape. Ainda de acordo com Vilarinho, os custos para financiar os ataques chegavam a R$1 Milhão.
Simultaneamente, em cumprimento de outro mandado de prisão, a Polícia capturou Marcos Antônio, também apontado como financiador de grupos criminosos de ataques à bancos, roubo de cargas, assaltos e tráfico de drogas.
Segundo a DRF, Marcão seria o chefe do narcotráfico do grande Bom Jardim. Ele teria assumido o posto de Francini Nobre da Silva, o 'Gangão', preso por ataques à ônibus em março deste ano. 'Gangão' era procurado por ataques à instituições financeiras. Ele foi preso com um fuzil AK-47, uma espingarda calibre 12, duas pistolas e munições de uso restrito.
De acordo com Vilarinho, a Polícia já prendeu outros seis integrantes do grupo que era chefiado por ' Gangão' em outras ações. Neste ano, mais de 100 pessoas envolvidas em ataques a instituições financeiras foram presas pela especializada. "O mais importante é que os chefes das quadrilhas estão caindo, isso enfraquece as ações dos grupos e facilita na prisão dos outros integrantes", destacou.
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