Rio de Janeiro Os principais nomes do PSDB afirmaram em programa na noite de ontem em rede nacional de rádio e televisão que o PT e o governo enganaram os brasileiros e que está na hora de o partido adversário "pagar pelos seus próprios erros", segundo palavras do senador José Serra (PSDB-SP).
"Nós avisamos: está entrando água no barco, pode afundar. Mas o PT se fez de surdo, não cuidou de prevenir a crise. Só pensou em ganhar a eleição Acho que está na hora de o PT pagar pelos seus próprios erros", afirmou Serra.
O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso disse que a gestão de Dilma "está derretendo". Para FHC, que já defendeu a renúncia da petista, "está na hora de a presidente ter grandeza e pensar no que é melhor para o Brasil e não para o PT".
O presidente do partido, senador Aécio Neves (MG), disse que a realidade "foi escondida dos brasileiros". Para ele, "prevaleceu sempre a mentira, tudo apenas para vencer as eleições", mas, ressalvou, "é dentro das regras democráticas que nós queremos e nós iremos lutar".
De acordo com o governador tucano de São Paulo, Geraldo Alckmin, "o Brasil não pode ficar parado por mais três anos". "O Brasil vive hoje uma das piores crises de sua história. E o governo do PT escolheu o pior caminho para enfrentá-la: aumentou impostos e juros, piorando ainda mais o drama do desemprego", disse Alckmin.
A propaganda traz críticas à recriação da CPMF, anunciada pelo governo federal como medida para equilibrar o orçamento do próximo ano. O vídeo mostra uma imagem da presidente Dilma Rousseff, durante as eleições, afirmando que não pensava em recriar o imposto "porque não seria correto" e que a contribuição era um "engodo".
Aécio, que perdeu a última eleição para Dilma, diz que a crise será superada "quando a verdade substituir a mentira e a competência voltar a conduzir os destinos do País".
Segundo ele, a presidente transfere o custo dos seus erros para as famílias e os trabalhadores brasileiros".
Refém do Congresso
Durante encontro do PSDB no Rio, Aécio Neves disse que o governo federal é "cada vez mais refém da semana seguinte" e criticou as negociações da presidente Dilma na reforma administrativa. A presidente ofereceu dois ministérios ao PMDB da Câmara, o da Saúde e outro decorrente da fusão das pastas da Aviação Civil e Portos. Para ele, a petista "se entrega aos aliados" em troca de "20 ou 30 votos".
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