Os bancários da Caixa Econômica Federal e do Banco do Brasil (BB) e também do Banco do Nordeste do Brasil (BNB) no Ceará - únicos no Estado ainda em estado de greve - decidiram encerrar a paralisação que já durava 23 dias. As decisões aconteceram em momentos diferentes. Enquanto o pessoal do BB e da Caixa acordaram voltar ao trabalho na manhã de ontem, o do BNB só acertou o retorno no início da noite.
De acordo com o Sindicato dos Bancários do Estado do Ceará (SEEB), estiveram reunidos ontem 202 bancários do Banco do Brasil e 232 empregados da Caixa. Já os do BNB, 320 bancários votaram pelo fim, enquanto que 104 votaram pela manutenção do movimento. Não houve abstenções. A assinatura da convenção coletiva de trabalho será no dia 3 de novembro, devendo os acordos aditivos dos bancos públicos ser assinados na mesma data, em São Paulo.
"A categoria foi orientada pelo Comando e pelo Sindicato pela aprovação da proposta desde a última segunda-feira (26), e em decisão soberana da assembleia houve a rejeição. A avaliação foi feita de que a manutenção da greve no Ceará se tornou isolada do restante do País e o dia de greve de ontem (terça-feira, 27) conseguimos incluir na compensação. Agora vamos nos concentrar na assinatura dos Acordos e efetivar os direitos, que são fruto da luta dos trabalhadores", afirmou Carlos Eduardo Bezerra, presidente do SEEB.
Proposta da Fenaban
Os trabalhadores de bancos privados no Ceará decidiram pelo fim da paralisação na segunda-feira (26). A última proposta apresentada pela Federação Nacional dos Bancos (Fenabam) foi de reajuste salarial de 10%, aplicáveis aos salários, benefícios e participação nos lucros, além de correção de 14% no vale-refeição e no vale-alimentação.
De acordo com a Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) - a qual o sindicato dos bancários é vinculada -, os bancos aceitaram abonar 63% das horas dos trabalhadores de 6 horas, de um total de 84 horas, e 72% para os trabalhadores de 8 horas, de um total de 112 horas.
Deste modo, os bancários irão compensar, no máximo, uma hora por dia útil, até o dia 15 de dezembro. Inicialmente, os bancos ofereceram um reajuste de 5,5%, enquanto os bancários reivindicavam uma correção de 16% nos salários.
"A pauta específica está mantida e o sindicato vai continuar lutando por ela. A greve é só uma parte da nossa jornada. Para nós, na hora em que terminamos uma campanha iniciamos a próxima. A nossa luta jamais termina", enfatizou o presidente do Sindicato dos Bancários.
Nenhum comentário:
Postar um comentário