Com a economia em recessão, o emprego temporário de fim de ano, ainda que mais escasso em 2015, é uma saída encontrada pelos desempregados para voltar ao mercado de trabalho e conseguir alguma renda para quitar dívidas pendentes com contas básicas da casa, como luz, água, aluguel e com despesas de estudo. O quadro é completamente diferente do que ocorria num passado recente, quando a economia estava em pleno emprego e os brasileiros se candidatavam a uma vaga temporária para complementar a renda.
Neste ano, 60% dos que procuram um trabalho para o período de Natal e ano-novo estão desempregados. É um resultado significativamente maior do que em 2014, quando 45% dos candidatos estavam nessa condição, aponta pesquisa da Vagas.com, empresa de tecnologia para recrutamento e seleção. “Apesar de o desemprego ter subido, fiquei surpreso com esse resultado. A minha expectativa era que a parcela de desempregados candidatos a uma vaga temporária chegasse, no máximo, a 50%”, diz Rafael Urbano, coordenador do estudo.
Ele diz que a pesquisa foi feita com uma amostra nacional de 1.133 candidatos que integram a base de dados da empresa. Eles foram consultados entre os dias 29 de setembro e 5 de outubro. Apesar de ser um levantamento nacional, 70% dos candidatos vivem no Sudeste, a região que mais está sentindo os efeitos da recessão.
Outro dado que confirma que o emprego temporário é uma alternativa para os desempregados afetados pela crise é que 60% deles estão sem trabalho há pelo menos nove meses, período em que a recessão piorou e as empresas começaram a demitir.
O perfil de quem busca um emprego temporário é muito mais jovem do que em períodos anteriores. Em 2015, a idade média dos candidatos é de 26 anos, ante 30 anos em 2014. Também aumentou significativamente, passou de 12% em 2014 para 30% em 2015, a parcela dos candidatos com idade entre 14 anos e 19 anos.
De certa forma, esse resultado é um reflexo do desemprego maior nessa faixa etária. Em setembro, a Pesquisa Mensal de Emprego do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostrou que a taxa de desemprego entre os que têm 18 anos e 24 anos atingiu 18,4% nas seis regiões metropolitanas do País, a mais alta entre todas as faixas etárias. No mesmo período, odesemprego médio nacional foi de 7,6%.
Conseguir uma oportunidade no mercado de trabalho ainda é a principal ambição dos candidatos a uma vaga temporária, com 28% das respostas, mas essa meta vem perdendo participação a cada ano. Urbano diz que, pela primeira vez, a pesquisa avaliou a fatia dos interessados em se recolocar e constatou que 16% declararam essa intenção. Mas o resultado que chamou mais a atenção é a fatia crescente dos interessados em obter recursos com trabalho temporário para pagar os estudos, que foi de 13% este ano, ante 8% em 2014.
De acordo com a pesquisa, 9% dos candidatos pretendem embolsar uma renda com o emprego temporário para pagar dívidas. “As contas da casa são o maior vilão das dívidas”, diz o responsável pela pesquisa. Neste ano, 50% dos que pretendem quitar dívidas planejam pagar contas de água, luz e aluguel, em comparação a 28% em 2014.
Enquanto pagar as despesas da casa e com estudos é o foco de atenção de quem tem dívidas pendentes, neste ano diminuiu a intenção dos devedores em quitar a fatura do cartão de crédito. Em 2015, 41% têm essa intenção, ante 53% em 2014. A perda de participação do cartão de crédito é resultado do esfriamento do consumo e do aumento das despesas como tarifas de energia, por exemplo, em razão do elevado reajuste.
O resultado da pesquisa deste ano, que destoa do cenário de recessão, é que os candidatos em 2015 estão mais confiantes do que em anos anteriores e 94% deles acreditam que vão conseguir trabalho.
Neste ano, 60% dos que procuram um trabalho para o período de Natal e ano-novo estão desempregados. É um resultado significativamente maior do que em 2014, quando 45% dos candidatos estavam nessa condição, aponta pesquisa da Vagas.com, empresa de tecnologia para recrutamento e seleção. “Apesar de o desemprego ter subido, fiquei surpreso com esse resultado. A minha expectativa era que a parcela de desempregados candidatos a uma vaga temporária chegasse, no máximo, a 50%”, diz Rafael Urbano, coordenador do estudo.
Ele diz que a pesquisa foi feita com uma amostra nacional de 1.133 candidatos que integram a base de dados da empresa. Eles foram consultados entre os dias 29 de setembro e 5 de outubro. Apesar de ser um levantamento nacional, 70% dos candidatos vivem no Sudeste, a região que mais está sentindo os efeitos da recessão.
Outro dado que confirma que o emprego temporário é uma alternativa para os desempregados afetados pela crise é que 60% deles estão sem trabalho há pelo menos nove meses, período em que a recessão piorou e as empresas começaram a demitir.
O perfil de quem busca um emprego temporário é muito mais jovem do que em períodos anteriores. Em 2015, a idade média dos candidatos é de 26 anos, ante 30 anos em 2014. Também aumentou significativamente, passou de 12% em 2014 para 30% em 2015, a parcela dos candidatos com idade entre 14 anos e 19 anos.
De certa forma, esse resultado é um reflexo do desemprego maior nessa faixa etária. Em setembro, a Pesquisa Mensal de Emprego do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostrou que a taxa de desemprego entre os que têm 18 anos e 24 anos atingiu 18,4% nas seis regiões metropolitanas do País, a mais alta entre todas as faixas etárias. No mesmo período, odesemprego médio nacional foi de 7,6%.
Conseguir uma oportunidade no mercado de trabalho ainda é a principal ambição dos candidatos a uma vaga temporária, com 28% das respostas, mas essa meta vem perdendo participação a cada ano. Urbano diz que, pela primeira vez, a pesquisa avaliou a fatia dos interessados em se recolocar e constatou que 16% declararam essa intenção. Mas o resultado que chamou mais a atenção é a fatia crescente dos interessados em obter recursos com trabalho temporário para pagar os estudos, que foi de 13% este ano, ante 8% em 2014.
De acordo com a pesquisa, 9% dos candidatos pretendem embolsar uma renda com o emprego temporário para pagar dívidas. “As contas da casa são o maior vilão das dívidas”, diz o responsável pela pesquisa. Neste ano, 50% dos que pretendem quitar dívidas planejam pagar contas de água, luz e aluguel, em comparação a 28% em 2014.
Enquanto pagar as despesas da casa e com estudos é o foco de atenção de quem tem dívidas pendentes, neste ano diminuiu a intenção dos devedores em quitar a fatura do cartão de crédito. Em 2015, 41% têm essa intenção, ante 53% em 2014. A perda de participação do cartão de crédito é resultado do esfriamento do consumo e do aumento das despesas como tarifas de energia, por exemplo, em razão do elevado reajuste.
O resultado da pesquisa deste ano, que destoa do cenário de recessão, é que os candidatos em 2015 estão mais confiantes do que em anos anteriores e 94% deles acreditam que vão conseguir trabalho.
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