sábado, 24 de outubro de 2015

DHPP ouve testemunhas sobre atentado a bispo


Veículo do religioso teve o vidro quebrado pelo projétil disparado contra ele, na madrugada da última quinta-feira, no bairro Jardim América, em Fortaleza
A Polícia Civil segue investigando o que teria motivado uma tentativa de homicídio contra o líder religioso e fundador da Igreja Apostólica Filhos da Luz (IAFL), bispo Alan Luz, e a pastora Lúcia Martins, da mesma congregação. Os dois sofreram um atentado na madrugada da última quinta-feira (22), no bairro Jardim América, quando saíam de uma rádio e tiveram o carro alvejado por dois suspeitos ocupantes de um outro veículo.
A Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) passou a investigar o caso. Na tarde de ontem, Alan Luz foi ouvido pela delegada titular da especializada, Socorro Portela, e deu detalhes da ação. Além dele, outras pessoas também foram ouvidas.
Na próxima segunda-feira (26) a Polícia vai realizar uma simulação do crime, no local onde o atentado aconteceu.
Homofobia
Uma das linhas de investigação seguidas pela Polícia, com base no relato da vítima, é a hipótese de crime de homofobia, pois o bispo contou que desde a fundação da igreja, que é inclusiva e tem membros da comunidade LGBT (Lésbicas, Gays, Bissexuais e Transexuais), vinha recebendo ameaças anônimas e mensagens de ódio.
Segundo o bispo, as ameaças eram feitas de diversas formas, mas, principalmente, através de perfis falsos nas redes sociais e também por telefone, em chamadas com número confidencial.
Alan Luz conta que, do outro lado da linha, ouvia mensagens de ódio e citações bíblicas acompanhadas de mensagens preconceituosas. "Vocês são gays, e gays merecem morrer", dizia uma das mensagens. Ainda de acordo com o bispo, desde que a igreja foi fundada na Capital, há três anos, não só ele quanto outros membros da congregação sofrem esse tipo de agressão

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