segunda-feira, 26 de outubro de 2015

Enem reduz abstenções, segundo o MEC

Brasília. O ministro da Educação, Aloizio Mercadante, em coletiva de imprensa, fez um balanço positivo sobre o Enem que acabou ontem. "Nossa avaliação é que foi o mais completo êxito", disse o ministro.
Neste ano, foram mais de 7 milhões de participantes. "Houve leve redução dos candidatos confirmados em comparação a 2014", disse. Conforme ele, 830 mil não acessaram o cartão online para confirmar a participação. "Quando olhamos o histórico, tivemos a menor abstenção desde 2009, que foi de 37,37%", afirmou, sobre o ano em que o exame passou a ter caráter de seleção. Este ano foram 25,5% de abstenções. "Temos conseguido reduzir as abstenções, o que é um dado positivo", declarou.
Umas das contribuições para isso foi, segundo Mercadante, o não pagamento da taxa de inscrição por alguns. "O benefício da isenção tem que ter regras claras, para alunos de escolas públicas e por renda social", disse.
Bicho-papão
O ministro também defendeu o tema da redação, que abordava a violência contra a mulher. "É inquestionável que somos uma sociedade que ainda é muito violenta contra a mulher. Eu achei o tema excelente", avaliou.
O tema foi comentado por políticos nas redes sociais. A deputada federal Jandira Feghali (PCdoB-RJ) elogiou a escolha do exame e lembrou que machismo e igualdade de gênero devem ser debatidos.
Do lado mais conservador da política, os deputados Jair Bolsonaro (PP-RJ) e Marcos Feliciano (PSC-SP) também usaram as redes sociais para protestar contra uma questão do primeiro dia do exame. O item abordava o feminismo e trazia um texto da filósofa francesa Simone de Beauvoir, o que foi considerado uma tentativa de "doutrinação" na avaliação dos parlamentares.

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