segunda-feira, 12 de outubro de 2015

MP diz que Cunha usou 23 contas

O presidente da Câmara nega ter contas fora do País que teriam recebido R$ 23,2 mi ( FOTO: AGÊNCIA BRASIL )
Brasília. A Investigação do Ministério Público da Suíça mostra que os recursos atribuídos ao presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), circularam por ao menos 23 contas bancárias no exterior como forma de ocultar sua origem.
Entre saques e depósitos que abasteceram as quatro contas em nomes de offshores atribuídas ao deputado, os ativos transitaram por bancos localizados em Cingapura, Suíça, Estados Unidos e Benin.
As autoridades brasileiras, que receberam documentos sobre o suposto esquema de lavagem de dinheiro, tentam rastrear a fonte da maior parte dos valores. A suspeita é de que também tenham sido desviados de outros contratos públicos. O deputado Eduardo Cunha nega ter contas fora do País.
As quatro contas atribuídas ao presidente da Câmara e à mulher dele, Cláudia Cordeiro Cruz, não declaradas à Receita, receberam R$ 23,2 milhões, segundo a Suíça. Documentos enviados pelas autoridades do país comprovam que um negócio de US$ 34,5 milhões fechado pela Petrobras em 2011 no Benin, na África, serviu para irrigar as quatro contas.
Em nota à imprensa, advogados de Cunha afirmaram que o parlamentar não foi notificado nem teve acesso a nenhum procedimento investigativo que tenha por objeto atos ou condutas de sua responsabilidade. A afirmação é resposta ao envio, pela Suíça, de dados da investigação sobre irregularidades em contas bancárias no país atribuídas a Cunha e familiares.
A página no Facebook de Cunha recebeu questionamentos de internautas, na última sexta-feira, 9, sobre contas bancárias atribuídas ao deputado e seus parentes em investigação da Operação Lava-Jato. O post com um trecho do Salmo 4.5 "Oferecei sacrifícios e confiai no Senhor" recebeu mais de doze mil comentários até ontem.

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