domingo, 18 de outubro de 2015

Visitas são 2,5 milhões por ano

Dona Luíza é a única viva entre as "beatas" que chegaram para morar na casa de descanso de Padre Cícero, em 1935 ( Foto: André Costa )
Juazeiro do Norte. Visitada o ano inteiro por milhões de turistas, não se questiona a importância que a estátua representa para a economia da região. Segundo a secretária de Cultura e Romaria, Marly Bezerra, cerca de 2,5 milhões de fiéis visitam anualmente o monumento, movimentando algo em torno meio bilhão de reais. Ainda segundo a secretária, a importância da estátua não se restringe aos perímetros da Colina do Horto.
Marly lembra que "o grande diferencial de Juazeiro é a representatividade do Padre Cícero". Conforme a titular da pasta, "Quando falamos em desenvolvimento econômico de Juazeiro e cidades circunvizinhas é impossível não lembrar do Padre Cícero. O comércio varejista aqui é o responsável pela maior parte dos empregos formais".
História
De tantos personagens presentes no entorno da estátua. Dona Luiza tem o privilégio de residir no Casarão há oito décadas. A "Guardiã do Horto", como ficou conhecida, tem 92 anos e esbanja vivacidade. Ela é a ultima das mulheres que viviam próximo ao Padre Cícero no Horto. Os passos lentos de Luiza Maria dos Santos vão na contramão da impressionante rapidez com que sua memória resgata histórias quase seculares, escondidas no íntimo do seu consciente.
Celebridades
A Paraibana vive ao lado do Casarão que abriga o Museu Vivo do Padre Cícero e é mantida sob os cuidados de duas funcionárias contratadas exclusivamente para tal função.
"Cheguei aqui menina, com 12 anos, um ano depois da morte de Padre Cícero", começa o diálogo, para antes lembrar que, nesses anos, "conheceu muita gente importante".
Com uma bengala na mão e muita disposição para compartilhar sua vivência, Dona Luzia mostra, orgulhosa, o álbum de fotografias em que aparece ao lado de dezenas de celebridades que visitaram o Horto. Entre uma história e outra, lembra da obra realizada por Mauro Sampaio e adverte para as dificuldades da época: "Era muito difícil, naquele tempo. Não tinha água por causa da seca e, mesmo assim, a estátua foi levantada".
Luiza diz que a estátua deu nova vida ao Horto, assim como o Casarão reformado pela Prefeitura, em 1999. Ela conta que o escultor da obra, Armando Lacerda, assim como Mauro Sampaio, se tornaram seus "grandes e melhores amigos".
A divertida senhora é a única viva entre as "beatas" que chegaram para morar na casa de descanso de Padre Cícero, em 1935. Entretanto, ela faz questão de rejeitar o título de "beata". "Sou devota de Deus, do Sagrado Coração de Jesus, e grande amiga do Padre Cícero", conclui

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