Na comunidade da Gangorra, no Riacho Verde, em Várzea Alegre, os moradores cansaram de esperar pelo poder público e começaram a construir uma barragem, um sonho reivindicado nos últimos 40 anos.
José de Alcântara Freitas, mais conhecido por Dedé, líder comunitário, disse que como a solução não chegou, a comunidade decidiu enfrentar a obra e agora pede ajuda aos amigos, políticos e comerciantes.
A principal necessidade e de cimento, pois a obra deverá consumir mais de 400 sacos do produto.
Segundo Dedé, a comunidade já conseguiu, por doação, 216 sacos de cimento. O material vem sendo doado por pessoas de Várzea Alegre e de Farias Brito.
Os dias de mutirão, informou Dedé, são as terças-feiras e sextas-feiras, quando cerca de 30 homens se reúnem para trabalhar na obra.
Ele informou que com a barragem pronta, mais de 80 famílias serão beneficiadas.
O trabalho comunitário, na ausência do poder público, é um exemplo a ser seguido.
Se consumar um projeto em tempo de recursos fartos já era complicado, imagine agora, com a crise que assola o Brasil, sem falar na burocracia que estanca muitos projetos nas gavetas e gabinetes dos governos.
O modelo da Gangorra deve ser incentivado para ser empregado em outros projetos, fazendo com que as comunidades saiam do comodismo, esperem menos e façam mais.
Esse projeto também é uma ponte libertadora das garras de políticos mais interessados em votos do que em proporcionar benefício à população, pois garante à comunidade, liberdade democrática.
E se Deus mandar chuva, e com fé, certamente a chuva chegará, a barragem da Gangorra será motivo de orgulho para os seus moradores e de exemplo para todas as regiões acostumadas às saias dos governos.
várzeaalegre.com
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