O ex-prefeito do município de Pedra Branca, Antônio Góis Monteiro Mendes, os dois filhos dele e a nora foram levados coercitivamente pela Polícia, na manhã de ontem, para prestar depoimentos. Além deles, outros dois empresários e um servidor público foram conduzidos. Eles são investigados em vários crimes, incluindo fraude em licitações, corrupção, peculato e lavagem de dinheiro.
A operação, denominada "De pai para filho", é comandada pelo Ministério Público do Ceará (MPCE) e coordenada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), em parceria com os promotores de Justiça das respectivas cidades e com a Polícia Civil do Estado do Ceará. Os trabalhos resultaram no cumprimento de 17 mandados de busca e apreensão, além de sete mandados de condução coercitiva de agentes públicos e proprietários de empresas prestadoras de serviços à Prefeitura Municipal de Pedra Branca.
Além de Pedra Branca, também foram realizadas buscas nas cidades de Fortaleza, Boa Viagem, Maracanaú, Quixadá e Canindé. Entre os mandados de condução coercitiva expedidos estão o do ex-prefeito de Pedra Branca, Antônio Góis Monteiro Mendes, bem como de seus dois filhos Lucas Pereira Mendes e Mateus Pereira Mendes, além de outros investigados.
De acordo com o promotor Marcos William Leite de Oliveira, quatro pessoas não foram localizadas, inclusive um ex-vereador do município, que estaria residindo no Estado da Bahia.
Quebra de sigilo
O promotor explicou que os suspeitos foram ouvidos e liberados. "Pedimos quebras de sigilo bancários dos investigados e após esses depoimentos iremos solicitar novas informações".
Segundo as investigações do MPCE, foram constatados nas contas dos investigados, mormente de Antônio Góis e seus filhos, movimentações financeiras incompatíveis com os ganhos lícitos e declarados pelos mesmos. Ademais, ao verificar-se a origem de tais valores, constatou-se que muitos deles eram oriundos de empresas que prestavam ou prestam serviços ao Município de Pedra Branca, nas mais diversas áreas, como locação de veículos e construtoras, indicando a existência de possíveis esquemas criminosos. Os crimes investigados dizem respeito aos anos de 2010 a 2012.
As empresas investigadas são R3 Serviços e Locação de Veículos Ltda; JL Distribuições e Transportes Ltda; Mack Serviços de Cobranças Ltda; Primor Construções Ltda; Cotec Construção, Transporte e Tecnologia Ltda e LPM Projetos e Apoio Administrativo Ltda. A reportagem tentou, sem sucesso, contato com os suspeitos citados pelo MPCE.
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