domingo, 20 de dezembro de 2015

Aperte o passo

Professora Sônia Ficagna e aluno treinam no Centro Nacional de Atletismo da Unifor ( FOTO: BRUNO GOMES )
Parafraseando o dito popular - "corre quem pode, anda quem tem juízo..." -, caminhar ou correr são formas eficazes para começar a fazer uma atividade física. Versáteis, podem ser realizadas onde a pessoa se sinta confortável: na esteira ou ao ar livre.
 
A corrida e a caminhada estão entre as atividades mais praticadas no mundo. Este ano, a estimativa é de que cerca de 90 mil pessoas tenham participado das 42 provas que integram o calendário da Federação Cearense de Atletismo (média de 2.500 atletas por competição. Hoje, a I Corrida Vida, promovida pelo Diário do Nordeste com o tema "Pratique Gentileza" encerra o circuito oficial de corridas de rua em Fortaleza em 2015.
Impacto das articulações
Embora sejam modalidades de um mesmo exercício, há diferenças bem definidas entre cada atividade. Correr é empurrar o chão para trás, enquanto caminhar significa mudar o centro de massa o tempo todo, saindo de um ponto para outro, explica Sônia Ficagna, professora do curso de Educação Física da Universidade de Fortaleza (Unifor).
Na mecânica da caminhada, não existe a fase aérea como na corrida, isso faz com que o gasto energético seja reduzido. Daí porque correr cansa muito mais, pois a pessoa usa todo o peso corporal para empurrar o solo, gerando muito mais impacto, complementa a especialista em fisiologia do exercício.
Outro ponto é atentar para a execução do movimento. Se o praticante não mover o ombro durante a corrida, pode lesionar as costas, se pisar com a ponta do pé para baixo, pode causar danos ao joelho devido ao impacto ser similar a três a quatro vezes o peso corporal.
"O gasto energético não é tudo para a saúde, temos que observar também o impacto nas articulações. Numa corrida de velocidade, é preciso ter músculos muito bem trabalhados. Não é qualquer pessoa que pode fazer este tipo de corrida", pontua a especialista. Para fortalecer a musculatura, é importante contar com um acompanhamento profissional. A recomendação é não realizar treinamento resistido em casa, ou seja, fazer qualquer tipo de agachamento ou sentar e levantar da cadeira, pois pode prejudicar as articulações, caso feito de forma incorreta.
Segundo Sônia Ficagna, antes de iniciar uma atividade física, é vital consultar três especialistas: o clínico geral (para avaliar o estado geral de saúde); o ortopedista (as articulações e patologias pré-existentes como hérnia de disco e lesões); e o cardiologista (check-up cardiovascular e cardiorrespiratório).

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