sexta-feira, 18 de dezembro de 2015

Comunidades desabastecidas

De acordo com os líderes comunitários, as obras estão paralisadas há mais de um ano, e as famílias são abastecidas por carros-pipa ( FOTO: DIOMAR DE ARAÚJO )
Catarina. Neste município da região dos Inhamuns, moradores de localidades rurais sofrem com a escassez de água, que vem se agravando. Obras do Programa Água para Todos de construção de cinco adutoras e de sistemas locais de distribuição de água, em localidades rurais, estão paralisadas ou seguem ritmo lento, com transtornos para mais de 200 famílias.
Os presidentes de associações comunitárias das localidades de Quandús, Serra Pelada, Monte Alegre, Lagoa do Arroz e Açudinho, na zona rural, solicitaram apoio da Secretaria de Desenvolvimento Agrário do Município para cobrar do governo do Estado e das empresas responsáveis pelas obras para que retomem os serviços. De acordo com os líderes comunitários, as obras estão paralisadas há mais de um ano e as famílias são abastecidas por carros-pipa. Os presidentes das associações dos sítios Quandús, José Júnior Feitosa; Serra Pelada, Marlos Mendonça; Monte Alegre, Antônio Nogueira Gomes; Lagoa do Arroz, Francisco Soares Torres; e Açudinho, Antônio Francisco Soares fizeram um apelo ao governo do Estado para que os serviços sejam concluídos mediante a necessidade de abastecimento do recurso hídrico para as famílias.
Em reunião na Secretaria de Desenvolvimento Agrário do Município, as lideranças comunitárias disseram que a falta de água é cada vez mais grave. "As empresas não concluíram os serviços e há projetos que estão paralisados há quase dois anos", disse Feitosa. "Estamos enfrentando uma seca que se arrasta há vários anos e as famílias precisam de água cada vez mais". O temor das famílias é que a seca se prolongue nos próximos meses, dificultando mais ainda o acesso à água de qualidade.
Os projetos de adutora e de implantação de sistemas locais de abastecimento de água deveriam aliviar o sofrimento de mais de duas centenas de famílias de Catarina. "Elaboramos um documento, que será encaminhado ao secretário de Desenvolvimento Agrário do Estado, Dedé Teixeira, e para a coordenação do Programa Água Para Todos", disse o secretário municipal de Desenvolvimento Agrário, José Martins Nogueira. "Esperamos uma solução rápida para esse caso", disse.
Segundo a Prefeitura, sete obras do Programa Água para Todos estão em execução em Catarina, mas, por falta de repasse de recursos, algumas empresas decidiram suspender obras e outras estão diminuindo os trabalhos. O programa estaria com R$ 18 milhões em medições de sistemas de abastecimento de água para pagamento, sem previsão de repasse de verba. O Estado receberia por mês cerca de R$ 1 milhão para obras do programa.
A Assessoria de Comunicação da Secretaria de Desenvolvimento Agrário (SDA) informou que, nas comunidades de Lagoa do Arroz e São Francisco, o sistema de abastecimento de água do Programa Água Para Todos foi iniciado no fim de 2014 e que existem operários trabalhando na conclusão. Nas comunidades de Açudinho, Monte Alegre, Serra Pedala e Quandús as obras foram iniciadas no início de 2014, foram paralisadas por conta de problemas de aditivo ao contrato e a empresa apresentou projeto do sistema de tratamento da água, aprovado pela SDA, em novembro passado.

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