segunda-feira, 21 de dezembro de 2015

Dilma cumpre agenda de viagens ao Nordeste

A presidente aposta em viagens à região que tradicionalmente tem dado mais respaldo à continuidade do governo petista ( FOTO: UESLEI MARCELINO/ REUTERS )
Brasília. Pressionada pelo processo de impeachment e pelos maus resultados do governo na economia, a presidente Dilma Rousseff (PT) deixará as discussões de gabinete nesta semana para buscar apoio popular em um corrida agenda de dois dias de viagens para inaugurações no Nordeste e no Rio de Janeiro.
O plano inicial da Presidência era ter mais tempo para viajar antes do Natal, mas, com a mudança da equipe econômica na última sexta-feira, 18, Dilma precisará retornar do Paraguai para Brasília para dar posse a Nelson Barbosa no Ministério da Fazenda e Valdir Simão no Planejamento, em cerimônia prevista para as 17h. Ela participa pela manhã em Assunção da 49ª Cúpula dos Estados Partes do Mercosul e Estados Associados.
Amanhã, porém, a presidente fará um tour pelo Nordeste, região que tradicionalmente tem dado mais respaldo à continuidade de Dilma no cargo. E é justamente na militância que ela pretende se escudar para se manter no Palácio do Planalto. A cúpula do PT acredita que a salvação do mandato depende também da sua reaproximação com os movimentos sociais.
Logo cedo, Dilma participa da inauguração de um novo trecho do metrô de Salvador (BA). Ainda pela manhã, a presidente seguirá para Camaçari, a cerca de 40 km da capital baiana, para entregar residências do programa Minha Casa, Minha Vida. No começo da tarde, Dilma estará em Floresta (PE), para inaugurar a segunda estação de bombeamento do projeto de Transposição do Rio São Francisco.
Na quarta, a presidente inaugura o Parque Radical, que integra um complexo para os Jogos Olímpicos de 2016, no Rio.
Datafolha
A leve melhora na imagem da presidente Dilma, revelada pelo Datafolha ontem foi vista por deputados da base como reação à "injustiça" que a petista tem enfrentado na Câmara. Para a oposição, a variação foi insignificante. Segundo o Datafolha, após atingir o recorde de desaprovação em agosto, de 71%, o índice recuou agora para 65%. No sentido oposto, a aprovação, que havia chegado ao seu mínimo em agosto, 8%, oscilou para 12%.
Para um dos vice-líderes do governo, deputado Sílvio Costa (PT do B-PE), a pesquisa, realizada nos dias 16 e 17, captou o "otimismo" de parcelas da população em relação a 2016.
Já o líder da oposição na Câmara, deputado Bruno Araújo (PSDB-PE), discorda dessa avaliação e afirma que a variação foi "próxima do piso", pois o cenário de descontentamento não mudou.

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