sexta-feira, 4 de dezembro de 2015

Governadores do NE apoiam petista

Além de assinar documento com governadores do Nordeste, Camilo disse nas redes sociais que pedido foi "motivado por vingança pessoal" ( FOTO: HELENE SANTOS )
Rio de Janeiro Governadores da região Nordeste e do Rio de Janeiro criticaram, ontem, a admissão do pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff pelo presidente da Câmara, Eduardo Cunha.
O governador da Bahia, Rui Costa (PT), divulgou um comunicado, em nome de todos os chefes estaduais do Nordeste, em que chama o ato de Cunha de "golpismo" e afirma que o grupo se manterá mobilizado para que a "serenidade" prevaleça.
"A decisão decorreu de propósitos puramente pessoais, em claro e evidente desvio de finalidade", diz o texto. O documento fala, ainda, em tentativa de provocar no País "tumultos" e um "retrocesso institucional".
"Diante desse panorama, os governadores do Nordeste anunciam sua posição contrária ao impeachment nos termos apresentados e estarão mobilizados para que a serenidade e o bom senso prevaleçam", acrescenta o comunicado.
"Em vez de golpismos, o Brasil precisa de união, diálogo e de decisões capazes de retomar o crescimento econômico, com distribuição de renda", afirma a nota dos gestores.
O governador do Ceará, Camilo Santana, já havia dito, no Facebook, que "trata-se claramente de uma atitude motivada por vingança pessoal e desnuda a inaceitável chantagem que vem paralisando o País nos últimos meses".
O gestor de Alagoas, Renan Filho (PMDB-AL), que inicialmente afirmou não ter sido consultado sobre o comunicado, também se posicionou contra o impeachment de Dilma.
Paulo Câmara (PSB-PE), de Pernambuco, foi o único dos nove governadores do Nordeste que não assinou a nota coletiva. Ele divulgou seu próprio comunicado, no qual evitou criticar abertamente o impeachment. Câmara questionou, porém, o papel de Cunha, que enfrenta problemas no Conselho de Ética da Casa. Ao concluir a nota, ele diz que o PSB, não votou em Dilma, nem no presidente da Câmara. "Trilhamos nosso próprio caminho".
O governador do Rio, Luiz Fernando Pezão (PMDB-RJ), apesar de ser correligionário de Eduardo Cunha, declarou-se contra o ato e pediu "racionalidade" aos deputados. Amigo da presidente, Pezão telefonou para a aliada, pela manhã, para manifestar seu apoio.

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