quarta-feira, 30 de dezembro de 2015

Mais 7 casos suspeitos de microcefalia

Ao todo, 124 dos casos em investigação foram constatados em recém-nascidos, enquanto outros 11, durante a gestação ( FOTO: KLÉBER A. GONÇALVES )
O Ministério da Saúde e Secretaria Estadual da Saúde (Sesa) divulgaram ontem o último boletim do ano relacionado aos casos de microcefalia. De acordo com o órgão federal, o Ceará aparece como o sexto estado com maior número de notificações da anomalia, com 134 ocorrências suspeitas de associação ao vírus zika, além de um óbito, já confirmado. No boletim anterior, divulgado pela Sesa no dia 18 de dezembro, o Ceará apresentava 127 suspeitas, e um óbito confirmado, em Tejuçuoca.
Agora, a Secretaria divulga que, em 2015, a microcefalia esteve presente em 41 municípios cearenses. Ao todo, 124 dos casos em investigação foram constatados em recém-nascidos, enquanto 11, durante a gestação.
No Brasil, os outros estados com maior manifestação são, por ordem, Pernambuco (1.153), Paraíba (476), Bahia (271), Rio Grande do Norte (154) e Sergipe (146).
No total, o País tem 2.975 casos suspeitos da doença, distribuídos em 656 municípios de 20 unidades da federação das cinco regiões. O Ministério aponta ainda que 40 óbitos estão sendo investigados.
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Aumento
Em relação ao boletim anterior do Ministério da Saúde, oito estados, incluindo o Ceará, apresentaram aumento no número de casos. Outros três, Tocantins, Minas Gerais e Mato Grosso, tiveram uma diminuição de suspeitas. Os outros nove permaneceram com os mesmos números.
Embora a microcefalia seja uma condição constatada principalmente pela medição do perímetro cefálico em recém-nascidos, o Ministério da Saúde ainda trata os casos notificados como suspeitos pois ainda investiga-se a relação das ocorrências com o vírus zika.
De acordo com o órgão federal, por meio de assessoria de imprensa, cada um dos casos notificados está sendo analisado individualmente por laboratórios de referência em pesquisas sobre o vírus zika.
Além disso, os especialistas seguem o protocolo de vigilância e resposta à ocorrência de microcefalia relacionada ao vírus zika, criado pelo Ministério a partir de discussões realizadas pela área técnica da Pasta.
A recomendação é que a vigilância ocorra a partir da detecção de cinco situações. A primeira é de gestante com possível infecção pelo zika durante a gestação. Segue ainda feto com alterações do Sistema Nervoso Central possivelmente relacionada à infecção por zika durante a gestação, o aborto espontâneo decorrente de possível associação ao vírus, feto natimorto também em provável decorrência do agente viral e, por fim, do recém-nascido vivo com microcefalia possivelmente associada ao zika. Em relação aos recém-nascidos com microcefalia, só serão confirmados casos em que tenha sido identificado o zika em amostras da mãe na gestação, ou quando as outras possíveis causas conhecidas para a anomalia forem descartadas.

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