Em setembro último, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) aprovou o registro da 35ª legenda oficial, o Partido da Mulher Brasileira (PMB). No Ceará, o partido é comandado pelo deputado federal Domingos Neto, que saiu do PROS alegando perseguição. O estatuto do PMB não proíbe a filiação de homens e se declara "sem restrições de qualquer ordem: sexual, social, racial, econômica ou religiosa".
Único parlamentar cearense representando a legenda na Câmara Federal, Domingos diz que as portas estão abertas a todos os cidadãos que estejam de acordo com o manifesto e o programa partidário. "Se tivéssemos qualquer tipo de preconceito relativo à participação no partido, estaríamos imediatamente afrontando os princípios da legenda", declara, assegurando que todas as pautas são transversais. "Nossa meta é poder tornar a discussão mais ampla do que restritiva. Se os interesses das mulheres fossem apenas delas, estaríamos restringindo", analisa.
Segundo o presidente da sigla, já são mais de três mil filiados em todo o Estado. "Dois terços ou pelo menos duas mil são mulheres". O PMB já conta com cinco deputados estaduais: Odilon Aguiar, Naumi Amorim, Laís Nunes, Bethrose e o vice-líder do Governo, Júlio César Filho, que trocou o PTN pela nova sigla.
Suplente
O suplente do PSDC, Nizo Costa, que até novembro assumia a vaga de Tomaz Holanda, licenciado por razões pessoais, também decidiu se filiar à legenda. Após as mudanças de partidos, a maior bancada continua sendo a do PROS, com sete deputados; depois vem a do PMDB, com seis; seguido do PMB, com cinco; na sequência o PT, com quatro; e o PSD, com três.
A deputada Laís Nunes, que deixou o PROS pelo PMB, afirma que buscou mais "segurança" e seguiu orientações do ex-governador Cid Gomes. "Além de ser um partido novo, tem o comando do deputado federal Domingos Neto, que é aliado do grupo de Cid Gomes". Segundo ele, seu trabalho vai continuar pautado nos interesses do Estado como um todo, mas com olhar especial para a pauta de interesse das mulheres. "Vamos continuar defendendo temas como a educação e o desenvolvimento regional. Também daremos continuidade às visitas nas comunidades para que possamos nos pautar de acordo com as necessidades da população", declara.
Na Câmara Municipal de Fortaleza, o Partido da Mulher Brasileira ainda não tem representante, mas em todo o Ceará, embora sem saber o número exato, Domingos Neto garante que passam de 50 os vereadores que se filiaram à legenda. Ainda não foram registrados prefeitos. "Mas, de todos os parlamentares que já temos, apenas Odilon Aguiar não tem interesse em concorrer a um cargo de gestor municipal em 2016. Por isso não temos dúvidas de que seremos um grupo ainda mais forte", diz o dirigente estadual da sigla.
De acordo com o líder, o partido almeja conquistar cadeiras nos legislativos municipais e assumir prefeituras. "Vamos iniciar a partir de janeiro agenda de eventos por todo o Estado e até março queremos trazer mais filiados, sobretudo mulheres que queiram se envolver com a política", alega Domingos Neto. "Não podemos acreditar que somente elas possam defender os direitos feministas, por isso os homens também serão bem-vindos".
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