domingo, 3 de janeiro de 2016

Campanhas solidárias nas redes sociais marcam o ano

O estudante Diego Rocha foi beneficiado com a campanha #ForçaDiegão para custeio de tratamento médico
O ano de 2015 será lembrado como aquele em que as redes sociais assumiram o papel de protagonistas como mecanismo de comunicação. Ferramentas como Facebook, Whatsapp, Twitter e companhia foram usadas para disseminar campanhas, divulgar ideias. No entanto, destaca-se a solidariedade percebida em diversas ações que ajudaram a salvar vidas. Várias campanhas beneficentes ganharam as telas e renderam frutos positivos para seus destinatários.
No mês de abril, parentes e amigos do estudante Diego Rocha, o "Diegão", de 26 anos, iniciaram uma campanha para conseguir recursos financeiros que custeassem um tratamento contra uma bactéria adquirida após intervenção cirúrgica. O movimento ganhou força dentro e fora das redes sociais. Vários artistas aderiram à campanha e divulgaram a hashtag #ForçaDiegão. Em julho, ele recebeu alta médica e deu-se início a outras etapas da recuperação, especialmente de fisioterapia. Diego, na última semana, teve a primeira aula de hidroterapia.
No mês de junho, Facebook e demais redes foram movimentados por uma campanha de doação de sangue. Kelly Faheina, 31, teve complicações no parto da segunda filha. A academia de ginástica que a mulher frequentava, então, convocou doadores de sangue e plaquetas para a aluna. Em troca, oferecia um mês de aulas grátis aos primeiros 30 doadores.
Já a pequena Yasmine Magalhães, de dois anos, foi diagnosticada, em setembro, com um tipo raro de leucemia. A doença, sem tratamento, possui apenas uma chance de cura: transplante de medula óssea. Desde então, formou-se nas redes sociais uma campanha para ajudar os pais da menina a encontrarem um doador compatível, utilizando a hashtag #AjudeaMine. Até o fechamento desta edição, no entanto, ainda não havia sido localizado um doador para a criança.
2
ONG São Lázaro, que mantém um abrigo para cães e gatos, também recebeu doações após movimentação iniciada por usuários nas redes sociais 
Boas ações
Além da solidariedade, a gentileza fez sucesso nos aplicativos e sites de interação e comunicação. Ainda no mês de setembro, a atitude de um motorista de ônibus deixou o jornalista Miguel Martins fascinado.
Ao relatar o ocorrido em uma postagem no Facebook, a atitude do condutor presenciada por Martins, gerou uma onda de elogios que repercutiu em 9.590 compartilhamentos do texto escrito pelo jornalista.
No mês de outubro, o abrigo de animais mantido pela ONG São Lázaro, em Fortaleza, foi atingido por um incêndio. O evento motivou os usuários das redes sociais a arrecadarem alimentos para os bichos, bem como incentivar a adoção.
Um grupo de estudantes universitários, por exemplo, criou a campanha "Sua ração faz toda a diferença". Foram arrecadados alimentos e entregues para a organização. A entidade possui a demanda de cerca de 140Kg de ração, por dia, para 150 cães e 50 gatos abrigados.
3
A pequena Yasmine ainda aguarda por um doador de medula óssea com a campanha #AjudeaMine
Uma só voz
Um grito de libertação ecoou forte por meio das palavras escritas por diversas mulheres na Internet nos últimos meses. Em 25 de novembro, a hashtag #MeuAmigoSecreto serviu para denunciar situações machistas e de violência de gênero a quem não se julga preconceituoso.
Antes, motivadas pelo caso de uma adolescente participante de reality show que foi alvo de comentários ofensivos nas redes sociais, as mulheres também uniram-se com a hashtag #PrimeiroAssédio, relatando quando sofreram pela primeira vez algum tipo de assédio sexual.
As mulheres contaram, nos dois momentos, casos em que foram vítimas e compartilharam o sentimento de denunciar e expor as situações a que foram obrigadas a passar, chamando a atenção para o tema.

Nenhum comentário:

Postar um comentário