Brasília. A presidente Dilma Rousseff (PT) terá de fazer uma escolha entre o apoio das centrais sindicais, considerado crucial pelo Planalto para enfrentar o processo de impeachment, e a manutenção da política econômica do ajuste fiscal. Líderes das maiores centrais do País que, juntas, representam 4,4 mil sindicatos, afirmaram que, depois de "segurar as pontas" no apoio ao governo em 2015, a defesa será condicionada a mudanças na política econômica.
"O País não suporta mais esse receituário econômico, de ajuste. (...) Espero que o governo não cometa o erro fatal de defender reformas previdenciárias e trabalhistas num cenário tão difícil como esse começo de 2016", disse o secretário-geral da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Sérgio Nobre. A CUT liderou manifestações populares de apoio a Dilma.
"Estranhei a defesa dele (Joaquim Barbosa, ministro da Fazenda) das reformas previdenciárias e trabalhistas numa hora dessas. Ele quis agradar o mercado, mas isso é tiro no pé", disse o presidente da Força Sindical, Miguel Torres, do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo.
Pela União Geral dos Trabalhadores, o presidente Ricardo Patah, disse que o governo "corre riscos" se apresentar reformas como estabelecer idade mínima para aposentadoria pelo INSS, além de reformas na Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).
Nenhum comentário:
Postar um comentário